Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa, mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo. embora saiba que tal nunca sucederá.
Kant, Fundamentação da metafísica dos costumes.
De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto
- assegura que a ação seja aceita por todos a partir da livre discussão participativa.
- garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra.
- Opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal
- materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem justificar os meios.
- permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas envolvidas.
Solução
Essa é uma questão de altíssimo nível.
A ideia é que nem todos os homens conseguem se valer da norma universal. Na norma universal, cada homem buscaria o mais alto nível de moralidade para guiar suas ações. Porém, uma pessoa que está passando necessidade e precisa de dinheiro coloca a moral em segundo plano, em primeiro lugar ela precisaria resolver sua necessidade por dinheiro.
Veja a lei universal de Kant: “Viva sua vida como se cada ato se tornasse uma lei universal”.
A questão mostra como nem todo mundo consegue seguir essa lei universal em face à dificuldades financeiras.
Letra C
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