TEXTO I
Terezinha de Jesus
De uma queda foi ao chão
Acudiu três cavalheiros
Todos os três de chapéu na mão
O primeiro foi seu pai
O segundo, seu irmão
O terceiro foi aquele
A quem Tereza deu a mão
BATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, I. M. F. (Org.). Cancioneiro da Paraíba. João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado).
TEXTO II
Outra interpretação é feita a partir das condições sociais daquele tempo. Para a ama e para a criança para quem cantava a cantiga, a música falava do casamento como um destino natural na vida da mulher, na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A música prepara a moça para o seu destino não apenas inexorável, mas desejável: o casamento, estabelecendo uma hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo com a época e circunstâncias de sua vida.
Disponível em: http://provsjose.blogspot.com.br. Acesso em 5 dez 2012.
O comentário do Texto II sobre o Texto I evoca a mobilização da língua oral que, em determinados contextos,
- assegura a existência de pensamentos contrários à ordem vigente.
- mantém a heterogeneidade das formas de relações sociais.
- conserva a influência religiosa sobre certas culturas.
- preserva a diversidade cultural e comportamental.
- reforça comportamentos e padrões culturais.
Resposta: Letra E
Vemos na questão que a língua oral (texto I) mostra uma alegoria da realidade, ou seja, uma representação artística dos costumes patriarcais da sociedade, inclusive com o intuito de ensinar a mulher a manter o costume social. Assim, podemos dizer que a língua oral reforça os comportamentos e padrões culturais, que nesse caso é o costume patriarcal de dependência da mulher em relação aos homens.