O processo de concentração urbana no Brasil em determinados locais teve momentos de maior intensidade e, ao que tudo indica, atualmente passa por uma desaceleração do rítmo de crescimento populacional nos grandes centros urbanos.
BAENINGER, R. Cidades e metrópoles: a desaceleração no crescimento populacional e novos arranjos regionais. Disponível em: www.sbsociologia.com.br. Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).
Uma causa para o processo socioespacial mencionado no texto é o(a)
a) carência de matérias-primas.
b) degradação da rede rodoviárias.
c) aumento do crescimento vegetativo.
d) centralização do poder político.
e) realocação da atividade industrial.
Solução
Vamos analisar a desaceleração do ritmo de crescimento populacional nos grandes centros mencionado no texto.
Imagine que você quer abrir uma fábrica, você vai preferir abrir no interior de SP ou na capital? Vale lembrar que os terrenos na capital são mais caros, o trânsito é infinitamente pior, o salário dos funcionários precisará ser maior devido ao maior custo de vida, não haverá subsídios…. Enquanto que no interior você tem diversos incentivos para estabelecer sua produção, e as desvantagens são mínimas. Não se pode falar em carência de matérias-primas, pois, com a malha rodoviária brasileira consegue-se levar os materiais para qualquer localidade do Brasil.
O crescimento vegetativo é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade:
Cresc. Vegetativo = (Número de nascimentos – Número de mortes)%
A população ainda está crescendo, entretanto, esse fluxo está indo com maior intensidade para o interior dos Estados e do país.
Podemos citar alguns fatores:
1 – Realocação da atividade industrial
2 – Melhor qualidade de vida no interior
3 – Menor custo de vida. Menor preço de casas, terrenos, escolas, serviços.
4 – Melhor fluxo de trânsito.
5 – Melhora da infraestrutura das médias cidades.
Veja na tabela abaixo que se 1970 a 2000 a população de SP quase dobrou. Enquanto que de 2000 a 2010 a população cresceu menos de 10%.