Quando ninguém duvida da existência de um outro mundo, a morte é uma passagem que deve ser celebrada entre parentes e vizinhos. O homem da Idade Média tem a convicção de não desaparecer completamente, esperando a ressurreição. Pois nada se detém e tudo continua na eternidade. A perda contemporânea do sentimento religioso fez da morte uma provação aterrorizante, um trampolim para as trevas e o desconhecido.
DUBY, G. Ano 2000 na pista do nossos medos. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).
Ao comparar as maneiras com que as sociedades têm lidado com a morte, o autor considera que houve um processo de
- mercantilização das crenças religiosas.
- transformação das representações sociais.
- disseminação do ateísmo nos países de maioria cristã.
- diminuição da distância entre saber científico e eclesiástico.
- amadurecimento da consciência ligada à civilização moderna.
SOLUÇÃO
O texto mostra uma mudança na mentalidade das pessoas em relação à religião e o quanto isso impactou a percepção sobre a morte.
Durante a Idade Média, as pessoas eram muito religiosas e católicas e acreditavam que a morte era só uma passagem para a “vida eterna”, de forma que não havia um medo da morte.
Hoje, a religiosidade está muito menos presente, de forma que não se vê mais a morte como uma etapa da vida, agora a morte se transformou em algo ameaçador, aterrorizante, pois, tudo vai acabar.
LETRA B