É um vídeo que eu não queria fazer porque pode dar confusão com escolas, com cursinhos, mas a ideia é sempre ajudar, principalmente aquelas pessoas que estão lá há cinco anos, há seis anos tentando fazer a mesma coisa ano após ano, sem sucesso. Ou também quem poderia passar muito mais rápido estudando sozinho e está lá no cursinho seguindo como todo mundo, sem precisar.
Ênfase em aulas
O primeiro ponto da escola é a ênfase em aulas, em estudo passivo… É quando a escola que encher o seu dia de aulas, aulas de manhã, de tarde, aulas no fim de semana… Por que a medida de escola boa é o dia inteiro de aula, é a maior quantidade de horas de aula possível. É diferente da ideia de sucesso, por exemplo, na prova, em acertar na prova. Outra medida seria usar o conhecimento que você aprendeu na escola para fazer algo, mas não, medida é a quantidade de aulas.
E isso, normalmente, é pensando nos pais que decidem a escola. Então, os pais às vezes escolhem a escola vendo que tem aula, de manhã e de tarde, eles pensam:
Nossa, meu filho vai ter aula de manhã e de tarde, vai aprender muito, vai passar de primeira… Vai passar antes que todo mundo.
Só que não. Ele vai se matar de assistir aula, não vai ter tempo para estudar em casa, nem para fazer exercício físico, nem para descansar, nem para aproveitar a juventude. Ele vai ter sempre essa sensação de que não dá conta de acompanhar a escola.
Falta de prioridade
O segundo ponto da escola é a falta de prioridade. Então, como a escola tem que contratar os professores, ela tem que contratar o professor de português, professor de matemática. Sendo que matemática é muito mais difícil de aprender do que português. Dessa forma, para provas de vestibulares, de Enem, é uma matéria muito mais importante do que você saber [predicante] do sujeito ou complemento nominal. E essa importância não é refletida na quantidade de aulas. Então, você não vai ver uma escola que tem dez aulas de matemática para uma aula de português. Não, elas têm a mesma quantidade de aulas e varia muito pouco entre matérias.
E, assim, só um parênteses, tá? Eu não estou querendo dizer que matemática é mais importante que português, Só que pra passar no Enem você precisa provavelmente de mais horas de aulas de matemática do que de português, que você poderia começar a prova as antigas hoje e talvez nem precisar de aulas.
Sem provas antigas
O terceiro ponto é que as escolas não falam de provas antigas. A coisa mais importante, mais necessária para passar é fazer provas antigas, é treinar, ver e sentir. Simular o que vai acontecer lá no dia da prova. É você estar acostumado com isso. E as escolas, normalmente, não falam disso. Elas falam de algo parecido, mas que não é a mesma coisa. Esse parecido para elas é o simulado, sendo que o simulado muitas vezes só pega o assunto do bimestre, é feito pelos professores da escola, então não é a mesma banca que faz a prova do Enem, por exemplo, ou do vestibular.
E, muitas vezes, tem um nível acima do que você vai encontrar, sendo que, talvez, se você fizesse provas antigas, entendesse como é a prova e visse que às vezes assuntos mais fáceis são mais importantes, talvez você nem precisasse de tantas aulas.
Revisão
O quarto ponto é que a escola coloca a revisão na mão do aluno. Eles pensam assim:
O nosso papel é dar os assuntos, é ensinar isso aqui e pronto, se você está esquecendo o que você viu lá no começo do ano, o problema é seu.
Então, é essa ideia, e às vezes até tem revisões na véspera da prova, sendo que é uma coisa que você estudou em janeiro e vai revisar 3 semanas antes da prova. Será que isso funciona mesmo?
Você é um número
E o quinto ponto é que principalmente os cursinhos não estão nem aí para sua saúde física, emocional e psicológica. Você é mais um número e não importa se você não está conseguindo estudar, se você não consegue acompanhar, se você vive se comparando com os outros, se você está com ansiedade, se você está com depressão, se você está há cinco anos estudando.
Desse modo, ninguém vai sentar do seu lado e te falar assim:
Olha, você já fez isso várias vezes, vamos mudar como você está estudando? Vamos ver outra forma de estudar?
Ou tirar aquele ranking que todo mundo fica comparando e todo mundo quer saber quem é o 01 e quem está lá embaixo. Na verdade, eles querem incentivar essa competição e, às vezes, parece, não sei se é, mas parece, que o objetivo é que todo mundo fique mal mesmo. Porque assim você vai continuar pagando, você vai continuar ali naquela estrutura por mais e mais anos e o cursinho vira a nova faculdade dos jovens.
Não pense diferente
O sexto ponto é que eles não querem que você pense diferente, eles querem que você entre no padrãozinho do cursinho e não questione nada.
Por exemplo, é aula de logaritmo e de repente alguém não sabe função exponencial, não sabe direito a regra de três, mas está lá na aula de log. Essa pessoa sem a base ela provavelmente não vai conseguir aprender isso, mas não tem ninguém que pergunta: “Olha, você viu bem a base? Você está entendendo mesmo que o mínimo disso?”, não, é heresia, seria revolução pensar em não assistir uma aula.
A mesma coisa em português, às vezes o tempo da aula poderia ser muito melhor aproveitado lendo, fazendo provas, corrigindo questões do que assistindo aula de uma gramática que nem é cobrada mais desse jeito.
Vai ser esse ano
E aí a gente vai para o sétimo ponto, que é o: “contínua que vai ser esse ano”. E aquela história, né? Tem cinco turmas de 200 pessoas e vão ter uns 20 aprovados. E aí você acha “nossa, não… Então, eu tô aqui por cinco anos, seis anos, sete anos, uma hora vai chegar a minha vez porque eu estou aqui e todo ano passam essas pessoas, então quer dizer que esse cursinho é maravilhoso”, só que será mesmo? Muitas vezes quando você conversa com aprovados, mesmo esses que fizeram cursinho e vai entender como eles estudam, eles vão falar: “Nossa, eu não assistia várias aulas… Eu fazia provas antigas, eu estudava muito em casa” ou então “eu só assistia à aula das matérias ou dos assuntos que eram necessários”. Ou seja, aquela história de usar o cursinho ou a escola como ferramenta, ou até só usar a monitoria do cursinho, só usar a correção de redação.
Então, com esse vídeo eu não quero, demonizar as escolas e cursinhos, falar que não presta, não. Na verdade, eu quero mostrar que é possível usar eles como ferramenta para algumas matérias, para matérias que você precisa assistir aula, para assuntos que você não sabe. Não pra todos, não por igual e, principalmente, não quando você está fazendo isso por três anos, quatro anos, cinco anos.
Também mostrar uma forma alternativa de estudar, uma forma não tradicional, que é você estudar em casa, por exemplo, que é você focar no que você mais precisa, que é focar em provas antigas, exatamente nas suas dificuldades…
E outra coisa também é incentivar os cursinhos a aderir a métodos novos. Por exemplo, a Lista Sniper, tem muitos professores que me acompanham e já fazem isso. Então, depois de ensinar vários assuntos, eles criam lá a Lista Sniper usando os vários assuntos passados. Dessa forma, é possível melhorar a escola, é possível melhorar o cursinho e ter outra medida de sucesso que não é quantidade de aulas.
Portanto, essa é a ideia de hoje, é um vídeo meio filosófico falando sobre o lado às vezes negativo da escola. E, se você quiser um método alternativo de como estudar, inclusive usando o cursinho como ferramenta, ou a escola, ou cursos online, dê uma olhada Sniper de Questões. E a gente se vê no próximo post, tchau.