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Oi pessoal! Espero que todos vocês estejam bem!
Gravei esse podcast com muito carinho, com o objetivo de compartilhar com vocês os detalhes da minha trajetória até a aprovação em medicina na USP Bauru, através do vestibular da Fuvest!
Contei tudo com uma sensação muito boa no coração, relembrando como eu passei de uma mentalidade que não acreditava que eu poderia vencer essa tão famigerada prova para alguém que confiava 100% em mim mesma e no que eu estava fazendo para realizar meu sonho de estudar medicina na USP Bauru. Confiança que me proporcionou passar em primeiro lugar na minha categoria, coisa que a Gabi de alguns anos atrás jamais imaginaria ser capaz!
Eu vim de um ensino médio muito puxado, porém, com pouco foco no vestibular (pois eu precisava me dedicar a um curso técnico de informática também). Então, consegui me dedicar muito pouco ao vestibular; preferi focar na escola e terminar tudo certinho, deixando pra pensar nessas provas quando eu fosse pro cursinho.
Por conta desse contexto, defino meu primeiro ano de cursinho como uma loucura! Eu achava que não sabia nada e precisava estudar muito de tudo. Não faltava a nenhuma aula, não descansava, ficava horas escutando professores falarem coisas que eu não entendia e que me serviriam para pouca coisa e anotando cada vírgula, mesmo que as anotações não fizessem o menor sentido pra mim! E nessa onda, foquei muito pouco em resolução de questões (que é o que eu iria ter que fazer na hora do vestibular!). O resultado: total esgotamento físico e mental, desânimo e resultados abaixo do que eu precisava obter nas provas.
Fiquei bem chateada quando vi que não passei. Eu não consegui ir pra nenhuma segunda fase e acertei poucas questões no Enem! Demorei muito pra aceitar a realidade e sair da onda de desânimo total… Precisei de bastante apoio e ajuda da minha família.
No ano seguinte, o meu grande foco era fazer totalmente diferente do ano anterior! Eu não queria continuar fazendo as mesmas coisas, porque eu vi que não deu certo e eu não aprendi o que realmente importava para as provas. Eu não queria me esgotar da maneira que eu me esgotei, pois eu vi que isso me prejudicou demais. Então, já comecei diferente quando aproveitei as férias de janeiro para descansar, desligar totalmente a cabeça do vestibular e, depois, definir meu objetivo e minha estratégia, procurando por conselhos de pessoas que entendiam e sabiam como estudar da maneira correta (foi aí que assisti e reassisti a todos os vídeos da Susane!).
Analisei diversos fatores e a minha personalidade de estudos. Acabei optando por um cursinho presencial, pois o ambiente fora de casa era algo essencial pra mim, algo que me ajudaria a manter uma rotina bem regrada. Procurei por uma escola que tivesse poucas aulas para assistir e que me fornecesse um material com muitas questões para resolver.
Como no ano anterior eu fiquei estudando muita teoria, fazendo muitos resumos e negligenciei totalmente as questões e as provas antigas, nesse ano eu decidi que a base do meu estudo seriam os exercícios. Eu estava na fase 2, mas eu não tive segurança para, logo no começo, abandonar as aulas das matérias que eu já dominava bem. Então, basicamente, assistia às aulas pela manhã e estudava resolvendo exercícios a tarde. Eu usava as aulas como um momento de revisar a teoria: prestava atenção, fazia anotações sucintas que fizessem sentido pra mim, de acordo com o que eu entendi da matéria. Mas, nas aulas das matérias que eu já sabia, eu usava o tempo pra fazer exercícios e tirar dúvidas com o professor.
Nas tardes de estudo, reservava coisa de 1h30 ou 2h para cada frente de matéria, dependendo da complexidade e do meu nível de cansaço. Fazia questões de várias outras provas além da Fuvest (bancas Vunesp, Unicamp, Enem, universidades federais e estaduais, PUC, e as vezes até de provas militares como do ita) e aproximadamente a cada 15 dias eu fazia uma prova antiga inteira ou um simulado do cursinho. As coisas que eu errava nos exercícios ou que eu sabia que eram muito importantes, eu anotava em um caderninho ou em um post it. E a cada conteúdo que eu estudava das minhas matérias da segunda fase, eu fazia uma questão discursiva para me ajudar a estudar e a me preparar para a segunda fase.
Quanto às obras literárias obrigatórias da Fuvest, eu tinha lido grande parte no ano anterior, mas eu li de uma maneira nada proveitosa! Então, eu deixei pra estudar a fundo mais pro fim do ano, porque era um conteúdo que eu tinha dificuldade e precisava que estivesse bem fresco na minha cabeça na hora da prova. Optei por não ler novamente nenhum livro, nem li os novos que entraram naquele ano. Eu assistia a aulas e usava análises pra estudar. Eu também tinha um livro que comprei pela internet que tinha análises e exercícios sobre as obras que caíam na Fuvest.
Quanto à redação, eu comecei a estudar aproximadamente em março, pois eu tinha uma base anterior. Comecei com uma redação a cada 15 dias, estudando primeiro sobre a estrutura e novas técnicas pra me ajudar a escrever melhor. Depois aumentei para uma por semana até chegar a duas redações por semana. E eu sempre segui fazendo modelo Fuvest e modelo Enem. Uma dica muito boa é ler redações de alto desempenho da Fuvest; os alunos costumam fazer cartilhas divulgando seus textos e as respectivas notas. Assim você sabe o que a prova espera e vai se preparando, além de poder ter ideias e se inspirar nas redações dos colegas. E não se esqueça de que corrigir e buscar evoluir no próximo texto é imprescindível!
Faltando um mês para a Fuvest, eu passei para a fase 3 e foquei em resolver provas antigas. Acredito que aí está um dos meus maiores erros: começar a fase 3 muito tarde. Eu acabei não indo tão bem na primeira fase, passei com apenas 1 ponto acima da nota de corte.
Logo após a primeira fase, eu descansei por um ou dois dias até corrigir com o gabarito oficial e ver que eu tinha chance de ir pra segunda fase. Lembro que coloquei em uma caixinha de perguntas dos stories da Susane se devia esperar sair a lista de aprovados ou se já começava a estudar imediatamente, e segui a recomendação dela de começar. Também segui a dica de estudar por provas antigas, confiei cegamente. Eu não tinha a menor ideia do que fazer!!! É uma sensação muito doida, muito conteúdo, pouco tempo, prova difícil…
Acredito que a confiança na minha trajetória e a minha tranquilidade mental fizeram total diferença no meu desempenho. Eu tinha me preparado bem, mas precisava estar bem para conseguir fazer a melhor prova da minha vida. E fiz!
Não tenham medo do vestibular, é só uma prova que acontece todo ano. Você pode se preparar, evoluir e vencê-la.
Espero que minha experiência ajude vocês de alguma forma! E desejo que vocês tenham um ótimo ano de estudos!!