Eu já contei como eu passei no ITA e em medicina na USP e na UNICAMP; e agora chegou a hora de contar porque eu não passei na Unesp, porque às vezes parece que eu só conto coisas boas, mas a gente tem que analisar os fracassos, tem que analisar os erros e é justamente isso que faz a gente acertar depois: ter errado primeiro ou aprender com os erros dos outros, que é a ideia do vídeo de hoje!
Essa análise que eu vou mostrar para você, na verdade eu fiz meio que inconscientemente depois da primeira fase, depois da segunda fase da Unesp, antes de fazer as provas da USP e da Unicamp, porque pela minha sorte a prova que eu menos queria era mesmo na Unesp e por sorte ela veio antes, então eu tive condições de aprender com ela, de aprender como fazer a prova!
Então é isso que a gente vai ver hoje. Se você é novo aqui, seja muito bem vindo; e se você já é de casa obrigada por aparecer. Roda a vinheta e vamos começar!
Esse texto está em formato de vídeo abaixo:
O primeiro erro foi: não refazer as questões que eu errei em provas antigas. Eu sempre falo para vocês assim: façam as provas antiga que é super importante!
Mas o que eu sempre esqueço de falar é pra você refazer as questões que errar, então, às vezes é melhor fazer 5 anos de prova, mas aprender muito bem o que errar e voltar nisso várias vezes, do que fazer 20 anos de prova e mal aprender as questões que você errar; então a qualidade do que você aprende é mais importante! Isso eu aprendi errando.
O que acontecia era: nas provas antigas eu fazia a questão, eu errava, aí eu ia estudar a resolução lá no Elite resolve, e estudava aquilo muito bem, mas eu não voltava naquele assunto, eu achava que bastaria uma vez que estaria tudo bem, mas não bastava, e basta não dar certo uma vez pra você não passar, pois se define nos décimos.
O que você tem que entender é que todas essas 20 que você errou, você tem que aprender muito bem! Então você tem que voltar na teoria, você tem que fazer mais alguma lista desse assunto, você precisa ser capaz de resolver questões similares.
Então essa é a ideia, quando você errar investigue esse erro pra não se repetir! Isso foi uma coisa que eu aprendi!
Então pra UNICAMP, uma semana depois, eu fiquei voltando em vária provas antigas naquelas questões que eu tinha errado, então eu marquei, eu marcava de canetinha, marca-texto… “Volta aqui nessa questão!”.
Fazia uns círculos muito loucos pra voltar na questão e pensar aquilo tudo de novo pra deixar fresco na memória. Uma dica é criar flash cards desses assuntos!
Coloque nos flash cards e veja com frequência! Por que é esse aumento da frequência que você vê, que vai fazer você memorizar isso e colocar na prova depois. Então para resumir, é melhor fazer 5 anos de prova e saber muito bem, do que 10 anos de prova superficialmente, sem aprender direito o que você errou.
O segundo erro, foi um erro de prova, que eu já falei algumas vezes aqui mas vale a pena repetir; e vai ficar um mantra para você que é o seguinte: passa quem pula!
Então passa na prova quem pula as questões que não sabe, ou quem pula as questões que estão empacadas. Isso é uma coisa que eu aprendi da pior forma, que foi passando 15 minutos ou até 20 minutos em uma questão!
O que acontece quando você até gosta de exatas ou quando você se sente pressionado pra fazer toda prova, é que quando chega em uma questão que você acha que sabe, que você pensa assim: ah se eu tentar dessa outra forma, ou desse outro jeito, essa questão vai sair!
E você pensa em fazer a questão custe o que custar, e isso custa muita coisa! Isso custa muito tempo que você poderia fazer várias outras questões, que você poderia passar em outras questões… Enfim, você perde tanta coisa, você perde, no caso, a questão, e o tempo em outras questões você perde.
Então eu fiz isso na Unesp, eu pensava assim: nossa, a Unesp é uma prova fácil de matemática, então eu pensei, eu tenho que gabaritar; chegou na hora tinha duas questões que eu não sabia fazer e eu fiquei brigando, eu vou acertar, vou acertar… E no fim eu errei a questão e perdi maior tempão e não consegui fazer outras.
Então é uma coisa que eu não recomendo de jeito nenhum! Então quando você sentir assim: essa questão aqui eu posso fazer mas vai demorar mais, deixa para fazer depois, pula, vai fazer outras mais fáceis; e a ideia é que tudo flua durante a prova, você acaba rápido para depois, no fim da prova, você ter tempo para voltar.
É até bom você trocar de matéria, aí você usa outras áreas do cérebro; por exemplo, você tem matemática aí depois você vai para outra matéria, depois volta para matemática…
E isso é até enriquecedor, então você pode nesse intervalo que você deu de matemática para outra matéria e para voltar, você pode inconscientemente ter pensado na resposta, e isso é uma coisa que acontece porque o cérebro às vezes muda de modo de operação, às vezes fica no modo focado e depois vai para o difuso, e essa mudança às vezes faz você ter noções de como responder questões que dependem de um “pulo do gato”.
Enfim, foram coisas que eu falei nesse vídeo de como estudar matemática que foram inclusive baseadas naquele livro “aprendendo como aprender”, da Bárbara Oakley, que eu vou deixar o link na descrição.
Então a dica vai ser uma lição de desapego, você não quer acertar aquela questão, você quer acertar o máximo possível de questões!
O terceiro erro foi fazer respostas enormes nas discursivas.
Eu não sei onde eu tava com a cabeça, tinha uma pergunta discursiva, e eu achava que eu tinha que fazer uma redação e as respostas ficaram enormes, horríveis, ficaram meio que para o lado, meio dobradas…
Então, todo espaço eu achava que eu tinha que escrever e ficou um negócio horrível, e é a pior coisa por dois motivos: o primeiro é que o corretor, ele já tá treinando para pegar quando você quer enrolar ele, então não tente enrolar o corretor!
Se você não sabe a resposta, não coloque nada, mas não fica enrolando; então é melhor você colocar a resposta que você sabe, mesmo que ela seja incompleta, do que colocar incompleta mais um monte de coisa que você acha que pode ser, e isso foi uma coisa que eu aprendi.
Então pra Unicamp e para USP eu pensei assim: eu vou colocar só o que eu sei e nada além disso, então eu não vou inventar, eu não vou falar que podem ser, não, eu vou colocar só o que eu sei e pronto!
E aí as respostas em vez de ficarem uma redação, ficaram um texto bem mais conciso, e é até melhor para o corretor porque o outro ponto é que ele tá cansado! Isso ajuda o corretor porque ele tá cansado de tantas provas que ele tem que corrigir.
Ele tá cansado, então ele vai olhar e pensar: nossa, ela não sabe tudo, mas sabe 70%, então vou colocar uma nota merecida; já se você enrolar, colocar o que você sabe mais um monte de coisas, ele vai pensar: ela não sabe muito bem o que tá falando, então vou tirar muitos pontos ou não vou dar nada.
É assim que funciona a correção, cada coisa errada ele tem que tirar de uma certa, então coloque só o que você sabe mesmo! E outra coisa que eu também vi é que eu tinha que treinar discursivas, então sempre quando eu estudava discursivas, eu lia a pergunta e eu tentava responder assim meio que na minha mente, eu nunca escrevia.
E aí eu vi que era importante eu colocar no papel, e por mais que eu tenha preguiça de escrever eu tenho que escrever! E foi isso que eu fiz depois para Fuvest e para UNICAMP.
E uma ideia é até pegar a folha de prova mesmo e treinar naquele retângulo da prova, da melhor maneira possível, da maneira mais parecida com o que você vai encontrar e faça isso!
Então quando você estiver treinando discursiva da prova escreve na folha da prova, é uma coisa que vai te ajudar muito na hora a se organizar naquele espaço.
O quarto erro foi ter feito poucas redações.
Então quando eu cheguei na prova o que aconteceu é que eu até sabia escrever mais ou menos, mas eu demorava muito, então uma coisa que podia ter sido feito em uma hora, uma hora e 20 minutos, eu levei mais de duas horas.
Precisar de tanto tempo para fazer redação é uma coisa que vai roubar tempo do resto da sua prova, então você vai deixar de fazer questões! Então você vai perder pontos que você poderia ganhar em outra área ao ficar um tempão na redação, e essa questão da redação é muito treino!
Então você tem que treinar, você tem que pensar antes como você vai fazer essa redação, e às vezes treinar com temas que você não leu nada!
Então às vezes é útil você pegar um tema que você leu só os textos motivadores, e nada de fazer pesquisa, e fazer assim mesmo, e depois que você fizer você pesquisa outras coisas sobre o tema só para enriquecer o seu repertório.
E aí no meu caso eu tive sorte porque na verdade o que eu queria era a USP ou Unicamp, eu tinha ainda dúvidas, mas foi bom ter feito UNESP primeiro, foi uma coisa que me mostrou erros e eu espero que você veja esses erros aqui que eu mostrei nos meus vídeos para você não ter esses mesmos erros, pra você chegar lá na prova já sabendo o que fazer, já preparado.
Então o quê que eu quero que você tire disso tudo é: em vez de só pensar em fazer 20 anos de prova, vai ser pensar em fazer 20 anos de prova, por exemplo, mas rever essas questões que você errar!
E aí você pode pensar talvez em até fazer muitos anos de prova mas uma semana antes da prova, ou duas semanas antes da prova, fazer uma maratona de questões que você errou, para você chegar na prova sabendo aquilo que você errou e isso vai fazer uma diferença incrível, porque as provas são bem parecidas então às vezes os assuntos se repetem, às vezes até a mesma questão se repete…
Então você precisa pegar esses erros e aprender com eles. A segunda coisa foi o “passa quem pula”, então você tem que pular as questões que estão dando muito trabalho, que você tá passando um tempão nela, você deixa pra fazer depois, você pode deixar para fazer no fim da prova depois de já ter feito as outras matérias.
Isso vai até ser bom que vai dar uma tranquilidade de: nossa eu já fiz todas as outras então agora só faltam essas! E essa é uma sensação psicológica muito boa para você ter na hora da prova, porque é difícil você responder muito tenso, muito estressado, ansioso; é melhor responder em estado de calma.
Já o terceiro ponto foi dar aquelas respostas “direto ao ponto”! Então nada de enrolar nas discursivas, ajuda o corretor; o corretor tá cansado, tá com fome, tá com sede…
Ajuda ele a corrigir sua prova bem rápido para te dar o máximo de pontos possíveis e poder fazer outra coisa. Então essa é uma dica que ajuda demais!
E o quarto é treinar redações, treinar velocidade, principalmente. Duas plataformas que eu recomendo são: Projeto Redação e o Imagine, porque tenho vários alunos que fazem lá e tiveram um aumento muito grande na nota, no desempenho, na facilidade de escrever, e eu recomendo qualquer um dos dois aqui pra você escolher, então use o seu cupom Resumov.
Então por hoje é isso e agora a gente chega naqueles três favores, que são curtir o vídeo, deixar um comentário, e aí você pode deixar um ponto se você quiser, ou você pode me contar qual desses erros você não vai cometer, e o terceiro favor é compartilhar com aquele amigo, amiga, que vai passar com você, que vai curtir a faculdade junto com você.
E é isso, continue indo atrás dos seus sonhos! O mundo precisa da habilidade que só você tem! A gente se vê no próximo vídeo, tchau!