Na entrevista de hoje, vamos conhecer a história da Bruna, ela foi aprovada em Medicina na UFRJ e como ela utilizou o cursinho somente para a monitoria.
Quando eu tava muito ansiosa, eu tentava parar e soltava literalmente tudo. Começava a conversar comigo mesma, falava “calma, você sabe o que está fazendo e não tem como o resultado ser diferente daquilo que está fazendo”.
O caminho
Eu entrei no cursinho assim que sai do ensino médio, ele não foi muito bom e cheio de lacunas. Eu era praticamente a primeira a chegar no cursinho e a última sair. Assistia todas as aulas, fazia todos os exercícios, eu só não fazia resumos por não saber desenhar. Foi basicamente o que eu fiz nos meus 3 primeiros anos de cursinho.
Do segundo para o terceiro ano
Foi horrível, eu falo que no primeiro ano eu estava na empolgação e me dediquei muito. No segundo, eu foquei no que sentia dificuldade, pois sabia que era o que errava mais. Quando eu vi que tinha feito isso e não tinha dado certo, foi uma decepção. Meu terceiro ano foi bem triste, levei arrastada, pois me esforcei de novo e não deu, também pela pandemia. No segundo ano, eu passei em enfermagem, fiquei em “vou, não vou…”. No meio do terceiro, fiquei muito desacreditada.
Quarto ano
Eu conversei bastante com a minha família, eu pensei que me privei muito nesses 3 anos, como ver todo mundo, ver amigos, coisas que até seriam benéficas pra mim. Tanto que coloquei que descansaria no fim de semana, pelo menos o domingo eu vou dormir até onde quiser e sair com quem tiver vontade.
Sniper
Sendo bem sincera, eu não lembro onde eu vi, mas eu pensei em tentar, pois já tinha visto uns vídeos seus. Comprei, fiz o protocolo e fui muito animada. Preenchi o protocolo, vi em qual nível eu estava, falei com os meus pais e mostrei pra eles. A partir daí, comecei a estudar de forma completamente diferente. Eu fiquei meio com pé atrás, mas segui e fui me adaptando. O mais legal do Sniper é que as coisas não são iguais, eu tinha um quadro para o que fazer a cada dia, dia a, b e c.
Rotina
No primeiro e segundo ano, eu chegava 8h e saia 22:30, eu passava o dia lá. No quarto, era de 6 a 8h, exceto dias que eu tava mais interessada, dias especiais. Acordava 7h, tomava café e conversava com a minha mãe, começava a estudar 8h e ia até 19h, mas fazia intervalos, etc. Domingo era completamente descanso.
Do que mais você se orgulha?
De ter continuado, da persistência, porque não foram poucas vezes que pensei em desistir, então eu me orgulho muito de continuar, principalmente por ter passado em outros cursos, mas seguir o meu sonho. Eu chorei quando passei em odono na UEL, meus pais também ficaram, mas eu logo pensei que não iria.
Resultado
Quando eu vi, eu chorei muito, quase desmaiei. Eu estava no quarto do meus pais, a gente tava esperando o dia inteiro pra sair a lista. Eu já estava desesperada, a minha ansiedade foi aumentando ao longo do dia. Aì uma das meninas que eu vou dividir apartamento, ela me mandou mensagem mandando parabéns, eu comecei a tremer. Eu desci, cheguei na cozinha e falei que tinha passado, minha mãe ficou estática, meu pai ouviu da sala e começou a chorar junto comigo, eu não acreditava. Foi lindo, foi um dos melhores dias da minha vida, a sensação de ter lido meu nome ali.
Obrigado pela entrevista, Bruna. O instagram da Bruna é @bv_motta, siga ela lá para continuar acompanhando. Essa foi a história de hoje. Continue indo atrás dos seus sonhos, o mundo precisa da habilidade que só você tem. Até mais 🙂