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Estude com a faca nos dentes: difícil, espaçado, intercalado


No podcast de hoje, vamos falar sobre o que eu quero dizer com estudar com a faca nos dente, pois, quando falo isso, muita gente confunde. Irei falar qual mentalidade você deve ter no estudo para ele ser eficiente e, quando digo eficiente, não necessariamente é o mais fácil, mas que te faz passar no menor tempo. Veremos como intercalar matérias e assuntos, maneiras de espaçar o estudo, e porque priorizar o estudo difícil sempre. 

Transcrição do podcast

No começo do blog, eu falei como era importante de estudar com a faca nos dentes e sangue nos olhos, e assim, como essa determinação, com essa força, com esse poder de estudar, assim, só que muita gente interpreta errado, às vezes as pessoas pensam que eu estou falando para estudar o dia inteiro ou assim, não dormir, não descansar, passar o dia inteiro estudando e não é isso que quero dizer. Então hoje, vamos analisar o que é estudar com facas nos dentes e sangue nos olhos, e assim, esse podcast não é para pessoas sensíveis, são para pessoas vão passar, custe o que custar e vamos começar.

         A primeira coisa sobre estudar com as facas nos dentes é que o estudo precisa ser difícil, se o estudo está fácil, se você sente que está fluindo, que está o mar de rosas, você está estudando errado, o estudo certo é para você levar uma tapa atrás do outro, é para você se sentir constantemente que está muito difícil, então, essa é a primeira coisa, é preciso ser difícil. Por quê? Por exemplo, assistir o dia inteiro de vídeo aulas, não é difícil, então não é estudar com a faca nos dentes, fazer resumo, não é difícil, é fácil, principalmente como as pessoas fazem, copiando partes do livro, não é um estudo difícil, portanto, não é estudar com a faca nos dentes.

         Então, o que a gente quer? Um estudo desafiante, um estudo que realmente é difícil, por exemplo, estudar algo e fazer a lista, é difícil, não pegar lista fácil, só pegar lista difícil, por mais que doa, por mais que sinta que, não é algo no seu nível, que você não é inteligente o suficiente ou que você não sabe o assunto suficiente, então é um estudo difícil que a gente precisa, e claro, não é pular a base, a ideia é difícil no nível que você está estudando, então se é matemática básica, você está fazendo questões de matemática básica, que cai no enem, na fuvest ou no vestibular que você for fazer.

         Se for de números complexos, são questões de números complexos difíceis, não só são as fáceis, sabe? Então, o estudo eficiente precisa ser difícil e essa é a coisa que a gente tem que se acostumar, porque você vai errar você, vai sentir dor, só que, o que vai ser a diferença? Que você vai continuar, você vai entender que isso é normal, que isso é parte do caminho, que dói sim, às vezes dói, mas também dá uma raiva interior que vai fazer você aprender isso, estudar isso, até dominar isso, até aprender de verdade, então, como se fosse uma guerra no sentido de você com você mesmo.

         Vem uma dificuldade para cima de você e você vai e ataca a dificuldade, eu não gosto muito dessas analogias violentas, mas às vezes eu acho que é preciso um pouco dessa força, de assim, decidir que vai estudar, vai ser difícil, porque vão ter dias horríveis, dias que parece que você estuda, estuda, estuda e não aprende nada e é disso que estou falando, é nesse sentido que estou falando, de estudar com a faca nos dentes. Inclusive em vestibulares difíceis, em questões difíceis, sabe? Porque se a gente ficar só no nível que a gente sabe, a gente não vai para frente e isso vale também para quem vai fazer o enem de não ficar só nas questões fáceis, mas fazer as médias, fazer as difíceis e principalmente não errar as fáceis, então é estudar com a faca nos dentes.

         E, claro, que isso não quer dizer que não durma, não descanse, então você pode estudar super com a faca nos dentes e dormir de tarde e descansar e fazer um passeio e é justamente isso, você ser inteligente com o seu tempo, mas na hora que você senta para estudar, assim, foco total na matéria, é nada de celular, ou seja, aquele estudo desafiante que você quebra a cabeça, que parece que sai fumaça da sua cabeça, é isso.

         Teve um post que eu fiz passado sobre estudar obsessivamente, é isso também, não estudar obsessivamente o dia inteiro um assunto, mas não desistir quando um assunto fica muito difícil, quando você começa a duvidar das suas capacidades, que é normal, todo mundo passa por isso, então, essa é a ideia. Outra coisa que entendem de estudar com a faca nos dentes, é prática intensa, ou seja, é fazer a lista inteira, custe o que custar para aprender aquele assunto hoje, nessa semana, custe o que custar, porque eu consigo e não é isso, não é você vencer pelo cansaço, é você ser inteligente.

         Então é meio que arte da guerra nos estudos, sabe? Você tem seu oponente que digamos é a matéria que você não sabe e você tem que estudar ela da melhor forma e como você pode fazer isso? Não é você passar o dia inteiro estudando a matéria ou até mesmo a tarde inteira, é você ir com inteligência, aprendendo, por exemplo, um exército que vai atacando pelas bordas, de um lado, do outro e até conseguir vencer o inimigo, sabe? Então, essa é a ideia.

         E como isso se aplica, então, ao invés de ter essa mentalidade ‘’eu vou aprender isso, custe o que custar’’, e chegar lá e você passar o dia, ou vários dias fazendo aquela lista de uma vez, você faz ela um pouco todo dia, se forem 50 questões, você faz 10 questões, você faz 1/5, ¼ da lista uma vez, aí você passa alguns dias e esquece um pouquinho o que é bom, esquece um pouquinho, volta, faz mais um pouco, então distribua o seu estudo que a prática espaçada e isso é super importante e o que acontece quando você distribui a prática ou distribui a lista?

         É que quando você vai sentar de novo para estudar aquele assunto, parece que você esqueceu, parece que vai ser mais difícil, porque você está confuso, aí você fica com raiva do método, porque você esqueceu e aí não é tão fácil, mas é justamente essa dificuldade, esse esquecimento que vai fazer você se esforçar para criar essas novas conexões neurais ou para fortalecer as que você já tem ou para criar pistas na memória, então à memorização tem várias etapas e você espaçar a sua prática é uma das formas mais fáceis, mais necessárias de criar a memória.

         Então, qual vai ser a ideia de distribuir seu estudo? Não pensar em aprender tudo de uma vez e às vezes tem assuntos que esse é o único jeito de aprender, porque você senta para aprender, estuda o dia inteiro ou estuda um tempão e não entra, parece que não entra e qual a ideia? É você ir colocando tijolo por tijolo até ir subindo, tijolo, concreto, tijolo, concreto, até fazer sua parede invés de colocar todos os tijolos de uma vez e concreto e virar uma montanha de tijolo e concreto, sabe?

         Eu vou ler o trecho do livro ‘’Fixe o Conhecimento’’, do Peter Brown e de outros autores e que é um livro que estou gostando muito, ele explica muito bem esses mitos do aprendizado que a gente acha que funciona e que na verdade, são péssimos, então aprendizagem a partir da prática intercalada, dá sensação de ser mais lenta do que aprendizagem da prática intensiva. E o que é a intercalada? É essa de distribuir a lista, por exemplo, 1/5, 1/5, 1/5, vários dias ou várias semanas e a prática intensiva é fazer tudo de uma vez, até você acabar.

         ‘’Professores e alunos percebem a diferença. Conseguem notar que sua compreensão de cada elemento está ocorrendo mais devagar, e a vantagem compensatória de longo prazo, não lhes fica aparente, por isso, a intercalação é impopular e raramente aplicada. Os professores não gostam dela porque parece morosa. Os alunos consideram-na confusa: mal começam a captar novo conteúdo, e, antes de estar com ele na ponta da língua são forçados a alternar’’, ou seja, você começa a lista, quando você acha que entendeu um pouquinho, você tem que parar para estudar outra matéria, para estudar outro assunto e voltar nessa lista só dois dias depois.

         Por exemplo, isso dá a sensação de que está devagar, de que não vai dar certo, de que você não está aprendendo, ou seja, isso que ele falou ‘’antes de estar com ele na ponta da língua são forçados a alternar’’, mas a pesquisa mostra de um modo inequívoco que o domínio e a retenção de um longo prazo são muito melhores com a prática intercalada do que com a intensiva, ele dá vários e vários exemplos de como isso é verdade, intercalada e prática, a variada, a prática, a espaçada são, assim, necessárias, então vamos definir essas três coisas.

         Vou começar com a prática intensiva, que não é boa, que é a pior, que é, por exemplo, você estudar no dia anterior prova, que é você querer estudar um assunto e aprender, fazer exercícios no mesmo dias, então a prática intensiva é aquela que você senta, vai estudar um assunto de uma matéria por várias horas, fazer todos os exercícios, então é o jeito tradicional que a gente estuda, sabe? Eu pelo menos fazia isso antes, eu fiz isso na faculdade e é a pior forma de aprender, é a forma mais fácil de esquecer, assim, dá a sensação de que você aprendeu, mas assim, no dia dá essa sensação de que você aprendeu, mas o que está acontecendo no dia? Conhecimento tá na memória de curto prazo.

         Então, você não precisa refletir, você não precisa criar o caminho da memória, ela está na memória de curto prazo e aí você consegue usar no mesmo dia, depois de uma semana, a prática intensiva ela não se sustenta, aquela memória não vai persistir, então a gente precisa dessas três outras que são: a prática espaçada, a prática intercalada e a prática variada. Vamos ver o quê que é.

         Prática espaçada é só você espaçar, é você colocar tempo entre as sessões de estudo, por exemplo, você está estudando genética, aí você pode ver tudo de uma vez ou você vê uma lei de Mendel meio-dia, fazer um pouco de exercício, dois dias depois, você faz mais um pouco de exercício sobre a lei 1, no terceiro dia, que são cinco dias depois, você continua com a lei 2, faz mais um pouco de exercício do que você viu na lei 1 e mais um pouco de exercício da nova matéria, dois dias depois, ou faz exercício ou vai para a lei 3, algo assim, bem espaçado. É como se pegasse um mês e a cada 3 dias você estuda aquilo e assim, espaça sua prática, ao invés de estudar um montão todo dia, você estuda um pouco todo dia, um pouco a cada 2 ou 3 dias, essa é a ideia, e isso que vai dar a sensação de que você não está aprendendo, não está rendendo, mas é essa a ideia, porque é impopular mesmo, parece que não dá certo, mas todos os estudos, com milhares de alunos mostram que é isso que funciona, que é isso que faz a retenção.

         Não adianta nada você estudar um assunto, fazer a lista gigantesca em uma dia, em fevereiro, abril ou em maio e a sua prova ser em outubro e você esquecer ou você ficar revisando, mas passar mais tempo revisando, então essa questão da prática intercalada, ela vai te ajudar a fixar melhor as memórias, a continuar revisando o que você está estudando, então, sempre no seu estude pense em espaçar.

         Vou ler um pedaço aqui do livro ‘’ Por que a prática espaçada é mais eficaz do que a prática intensiva? Parece que incorporar a nova aprendizagem na memória de logo prazo querer um processo de consolidação, pelo qual os vestígios de memória (as representações cerebrais da nova aprendizagem) ganham significado, sendo fortalecidos e conectados aos conhecimentos prévios – processo que se desenrola ao longo de várias horas e pode demorar vários dias. A prática intensa e ininterrupta se apoia na memória de curto prazo’’. Aquilo que eu falei, você estudar um assunto e fazer toda a lista em uma dia é memória de curto prazo, não é aprendizagem de longo prazo.

         Aí ele continua ‘’ A aprendizagem duradoura, no entanto, requer tempo para as repetições mentais e os outros processos de consolidação. Portanto, a prática espaçada funciona melhor. O maior esforço necessário para recuperar a aprendizagem após um pouco de esquecimento tem o efeito de reiniciar a consolidação, fortalecendo a memória ainda mais’’. Então, sempre prática espaçada ao invés de prática intensiva, por mais que você tenha a sensação de que não está dando certo, de que você não está aprendendo tão rápido quanto antes, porque o que você quer não é rapidez, não é aprender rápido, não é isso que você quer, você quer aprender e fixar, e ter isso fresco na memória no dia da prova. A ideia toda do estudo é você chegar na prova com o conteúdo fresco e acertar o máximo de questões, concorda?

         Agora vamos para a prática intercalada, qual o exemplo fácil? Vamos começar pela prática não intercalada. O que é a não intercalada? É você fazer a lista de exercício de um único assunto, então pega lá história, você faz a lista de república, algo bem específico de república, uma lista lá de alguns exercícios, isso é prática não intercalada, porque você só está fazendo exercícios daquele assunto em específico.

         O que seria a prática intercalada? Seria ou você pegar uma prova antiga inteira de história com vários assuntos e a mesma coisa vale para matemática, então você pegar uma prova antiga ou um simulado que inclui matemática básica, geometria plana, funções, algo assim, um simulado, algo que misture vários assuntos, isso que é a prática intercalada ou idealmente misture várias matérias, que seria uma prova antiga e inteira, mas não necessariamente, pode ser algo que só misture assuntos de biologia, por exemplo.

         Se pegar várias provas de biologia com assuntos misturados, isso que é prática intercalada e a prática é também outra coisa que dá essa sensação de que você não está aprendendo, de que está misturando tudo, está muito confuso, você está perdido e isso eu entendo porque eu já passei por isso também e toda vez que eu vou aprender um assunto novo e eu começo dessa forma, aprendendo pelas bordas, misturando as coisas, eu também sinto essa confusão, mas é normal, para você aprender, você precisa sentir essa confusão e a gente volta na ideia na faca nos dentes, sentir essa confusão e estar confortável com essa confusão.

         Então a ideia da prática intercalada é você misturar e aí ele mostra um exemplo que eles deram problemas de calcular volumes de sólidos, de cunha, esferóide, cone esférico e meio cone e aí eles separaram em dois grupos. Para o primeiro grupo, tinha uma lista de cada um por vez, então primeiro 10 questões de cunha, depois 10 questões de esferóide, depois 10 questões de cone esférico, depois 10 questões de meio cone para esse primeiro grupo.

         Já no outro grupo, era tudo misturado, era uma prática diversificada, ou seja, intercalada, então estavam tudo misturado, era uma questão de cunha, uma questão de cone esférico, outra de esferóide, outra de cunha, outra de meio cone, então era tudo misturado, aí depois dos alunos fazerem esses exercícios, eles foram testados. Então, os dois grupos fizeram uma provam e qual foi o resultado? A gente vai ver o resultado diferente para o teste logo depois de estudar e o teste uma semana depois, certo? O teste logo depois de estudar, os alunos que fizeram um por vez, o cone primeiro, depois esferóides, depois cone esférico tiveram uma acerto de 89%, então foi bem alto.

         Já o grupo que misturou todos os problemas teve um acerto inferior, teve um acerto de 60%, mas não é isso que a gente quer comparar só, a gente quer ver ao longo prazo, então na semana seguinte sem estudar nada do assunto eles foram lá e fizeram mais uma prova sobre isso e quem tinha feito a listinha de um assunto por vez, primeiro a cunha, depois esferóide, assim, aquele que não é intercalado só conseguiu resolver/acertar 20% do teste uma semana depois.

         Já o grupo que misturou todos os assuntos que fazia exercícios intercalados acertou 63% e agora a frase do livro ‘’ A mescla de tipos de problemas, que impulsionou o desempenho no teste final em notáveis 215%, na verdade obstruiu o desempenho na aprendizagem inicial’’. Então, o que ele está falando? Que você misturar os assuntos no curto prazo vai parecer sim que você não está aprendendo, que está tudo muito confuso, que você acerta menos, só que com o tempo, essas conexões estão sendo criadas e vai ficar tudo mais claro, é só você ter paciência, que com o tempo a aprendizagem  vai ser muito maior, muito melhor.

         Vamos ver a prática variada, ele dá o exemplo de esportes, que eu achei muito legal, que é o seguinte, imagina que você quer ficar sensacional muito bom no arremesso em basquete, com 90 cm de distância da cesta, certo? E com saquinho de feijão, você vai jogar numa cesta a 90 cm de distância para crianças, esse é o objetivo. O quê que é melhor? Você treinar várias vezes 90 cm de distância ou não treinar nenhuma vez 90 cm de distância, mas treinar 60 e 120, interessante, né?

         O teste mostra claramente que as crianças que arremessavam de 60 e 120 cm iam muito melhor em 90 cm do que só as que treinavam com 90 cm, loucura, né? Então você variar a sua prática é muito importante e tem vários trechos nessa parte do capítulo que é muito legal, vou ler só um aqui ‘’ A ideia é fundamental que a prática variada como arremessar os saquinhos de feijão em cestas à distâncias diversificadas melhoram sua capacidade de transferir a aprendizagem a partir de uma situação e aplicá-la com êxito a outra situação.

         Então a ideia é, sabe o que a gente vê no módulo de técnicas de estudos, lá do sniper de questões? É variar a técnica que você usa para aprender uma matéria, para treinar uma matéria, então tudo aquilo que a gente falou lá, todas aquelas técnicas, quanto mais você variar principalmente quem requerem muito memorização, melhor vai ser seu aprendizado.

         Então use mais técnicas de estudo, se treine, use aquelas técnicas de estudo que a gente mostra no módulo de técnicas de estudo ‘’e se você ainda não é sniper, eu te convido a conhecer o sniper de questões, lá a gente mostra como funciona a memorização’’ tudo isso que estou mostrando aqui nesse episódio, além de todas as técnicas, os melhores técnicas, que dão certo com base em vários estudos científicos, analisando a literatura de aprendizado de cognição, de memorização, é isso que a gente mostra no módulo de técnicas de estudos, lá no sniper de questões.

         A ideia é você variar a sua prática e inclusive lá, a gente continua com as etapas da memorização, como melhorar cada etapa e como criar formas de ter pistas nas matérias, a gente continua lá. Para resumir o episódio de hoje, qual foi a ideia? O estudo eficiente ele é difícil mesmo, ele dá essa sensação de confusão e é por isso que a gente vai com a faca nos dentes e sangue nos olhos, porque não é fácil. É fácil muitas vezes você passar um dia para aprender um assunto, fazer uma lista, mas não é isso que vai fazer você lembrar no dia da prova, não é isso que vai criar memórias duradouras.

         Vai ser difícil mesmo fazer um pedaço hoje, um pedaço daqui a dois dias, vai ser confuso, vai dar aquela sensação de ‘’nossa, já esqueci’’ e isso é normal, é com isso que a gente trabalha, que quando você esquece, você vai se esforçar para jogar a memória de curto prazo na memória de longo prazo, você vai se esforçar para criar pistas desse assunto e por mais absurdo que pareça, é assim que a gente aprende melhor e outra coisa vai ser lidar com a dor, com essa dor, é como uma guerra em que você continua mesmo ferido, mesmo machucado, mesmo cansado, estudando nesse caminho que não é fácil e uma guerra não se vence em um dia, ela se vence em vários meses, vários anos, um pouco todo dia, essa é a ideia.

         Não gosto dessa analogia da violência, mas é um conquista contra si mesmo, contra não saber talvez, mas essa é a ideia, estudar com a faca nos dentes e sangue nos olhos. Primeiro a gente começa com a mentalidade, que é superar tudo que está acontecendo, o que é estudar apesar da dor e com as técnicas, não adianta você só estudar com a mentalidade certa e não ter as técnicas, como também não ter as técnicas, mas não ter a mentalidade, não se preparar para a dificuldade que vai ser, com a confusão que vai ser.

         E finalmente a gente termina com o mito da aprendizagem sem erro, não tem como você aprender nada, sem errar muito, principalmente assuntos mais complexos, o erro é parte do caminho, o erro é normal, é natural, é esperado, quando você errar, não se sinta mal, porque é normal, é até bom errar, se você não está errando, alguma coisa está errada. A gente volta naquela ideia do pulo do gato, do episódio do Einstellung, porque é normal que você não saiba fazer questões pulo do gato sem ver várias questões pulo do gato.

         Então primeiro a gente tem que estar exposto a isso para depois ter ideias criativas de resolver problemas de matemáticas ou de exatas, primeiro veja várias resoluções, primeiro veja como interpretar várias questões difíceis e com o tempo conforme você vai fazendo isso, isso vai ficando mais claro e como eu falei, a gente continua no módulo de técnicas de estudos, lá no sniper, que são técnicas que, assim, fazem o estudo ser muito mais eficiente.

         Se você estudar 5 horas com as técnicas certas, você aprende mais, do que se estudar 20 horas às vezes, parece absurdo, mas é verdade, então ter as técnicas certas economiza tempo, faz você aprender mais e chegar na prova muito melhor. Outra coisa que a gente tem no sniper são as lives, então na live, você pergunta direto para mim, você liga sua câmera, seu microfone e fala sua dúvida, pergunta sua dúvida e a gente conversa.

         Você deve se perguntar ‘’já deve ter muita gente’’, sim, são vários alunos, normalmente são umas 30 perguntas, umas 40 pessoas participam, mas nem todo mundo me pergunta, aí de 30 alunos, dá tempo sim de a gente responder 3 horas. Normalmente começa às 15 h, na quinta-feira, e vai até às 18 h e sempre dá tempo de responder todo mundo, pelo menos até agora sempre deu.

         Essa é a ideia, lá no sniper você monta sua estratégia, você tira as dúvidas, outra dúvida que tem, é o fórum e às vezes é até mais fácil, você escreve sua dúvida por escrito e a gente responde, o nosso time tem três pessoas, sou eu, o Thiago, que sabe tudo do curso, especialista também e o Vitor Rosa, que passou em medicina na USP. Bom, isso é em 2020, agora que estou gravando.

         Então, essa é a ideia hoje, estudar com a faca nos dentes, use as técnicas certas, nada de acabar a lista toda em um dia, divida seu estudo, intercale seus estudos com outras matérias, intercale com outros assuntos na mesma matéria, faça simulados, crie esses simulados de vários assuntos que você já viu, faça prática variada também, troque a técnica de estudo que você estuda cada assunto, então não fique só em uma técnica e assim, você vai aprender mais rápido, você vai chegar na prova muito mais preparado para gabaritar, certo? Hoje em dia, a gente precisa gabaritar a prova, gabaritar ou acertar quase tudo é a única forma de você ter certeza que vai passar.

         Eu, às vezes me pergunto, se eu fosse fazer uma prova hoje, tem essa matéria, essa que é a prova, qual o único jeito de ter certeza que eu vou passar? É acertar tudo e com a ideia de acertar tudo, não deixar nada passar e como que isso acontece? Usando as técnicas certas, estudando da forma ideal, da forma melhor para você ganhar tempo, porque você tem no máximo 10 horas de estudo útil por dia, depois disso você já não estuda mais ou às vezes até menos.

         Use o seu tempo de forma inteligente, estude de forma inteligente, com a faca nos dentes, sangue nos olhos   , muita força, muita determinação, passe pela confusão, pela dor e persista.  Essa é a ideia do podcast de hoje e se você gostou, me ajuda, compartilha com alguém, compartilha no instagram, me marca, que eu compartilho também, e assim, eu espero que seja útil de verdade para você todas essas dicas para estudar com a faca nos dentes e sangue nos olhos.

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