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Como Passou Em Medicina 4x (e na USP) – depois de não passar várias vezes


#Quando você foi fazer o vestibular no ensino médio e cursinho. Você esperava passar?

Eu esperava e foi um choque de realidade quando não passei, prestei sete faculdades e não fui aprovada, muito menos para segunda fase. Como fui uma aluna muito boa, pensei que fosse dar certo, o que eu não tinha, era técnica de resolução de prova e tentei até passar em medicina.

Esse post está em formato de vídeo abaixo:

#Você estuda na USP?

Sim, estou no quinto ano.

#Como foi o caminho para passar?

Eu decidi que queria medicina quando tinha 14 anos, então meu ensino médio foi de bastante bom, apesar de que precisei de dois anos de cursinho, mas no final deu certo. No primeiro ano de cursinho, eu não passei e precisei fazer o segundo ano, não foi fácil, porque eu já me sentia preparada com relação ao terceiro ano. Faltou pouco! Ia para o cursinho muito abalado, fui ao psicólogo, chorava com os coordenadores do cursinho. No início as coisas não são claras, mas no futuro a gente entende.

#O que você mudou ‘’estudos’’ quando você passou?

Mudaram muitas coisas, no terceiro ano de ensino médio sempre anotei muitas coisas que os professores falavam, porém, não fazia muitas provas antigas. No primeiro ano de vestibular já fiz provas antigas e percebi que o vestibular tem questões parecidas, mas eu não sabia como ele era cobrado. No segundo ano de cursinho eu percebi que precisava melhorar nas teorias, pois, no vestibular sempre tinha dificuldade nas dissertativas. Isso foi um grande diferencial e eu fiz muito mais exercícios.

As matérias que você já tem domínio, em vez de assistir aulas, eu praticava exercícios e isso ajudou bastante. Eu já tinha feito provas antigas por meio dos materiais que o cursinho liberava, pois é bom ter esse contato. Eu não tinha um cronograma de tarefas para fazer, eu seguia a minha agenda. Quando foi na segunda fase da FUVEST, eu imprimi as provas para ter noção do tempo.

#Quais as matérias mais difíceis para você?

Eu não tinha dificuldades em matérias, mas tinha dificuldades em assuntos dentro da matéria.

#No segundo ano de cursinho fui fazer as provas. Como foi antes das provas?

Fiquei muito tensa, ansiosa e tive que trabalhar isso durante o ano, o que me ajudou foi eu pensar ‘’não ficar brigando com essa sensação de ansiedade’’, antes das provas, eu lia ou ficava embaixo de uma árvore, não gostava de ficar no meio da multidão ao fazer a prova. Após entrar na sala, eu ficava agoniada quando as pessoas balançavam as pernas, isso me desconcentra. Apesar das distrações, eu consegui resolver as provas.

Eu passei em cinco universidades, porém não passei para a segunda fase da UNICAMP. No meu caso, ao sair o resultado do vestibular, eu logo corrigia, porque sabia que isso não ia me influenciar em outras provas. Neste ano, acertei 71 e a nota de corte tinha sido 69. Após a prova da FUVEST, continuei indo para o cursinho, pois ainda tinha a prova da FAMERP e logo depois ainda continuei estudando para a segunda fase da FUVEST.

No cursinho, os professores corrigiam nossas provas de segunda fase para saber como estávamos e também tinha um aplicativo para correção de provas. Inclusive a UNICAMP ainda disponibiliza as resoluções que eles querem e isso é muito importante e se colocar algo a mais, você pode ser penalizado.

#Sobre a segunda fase da FUVEST, você foi mais tranquila?

Não, mas fui pensando nos sentimentos de confiar e pensar no esforço que dei ao máximo neste ano, nas horas de estudos. Na minha época eram três dias, onde tinham todas as matérias. Após a segunda fase da FUVEST, eu entrei de férias. Mas logo saíram os resultados, passei em Jundiaí, na PUC, na FAMERP, na FAMEMA e depois saiu o resultado da USP, a mais importante. A comemoração foi em casa, em família, depois teve a festinha no cursinho. Depois de uns dias, fui pra São Paulo fazer a matrícula, o que me empolgou mais ainda, vários veteranos nos mandam mensagem.

Como foram esses anos de faculdades?

Foram anos bons, de muito estudo, mas no cursinho é muito pior. No primeiro ano de faculdade foi um choque, mas tem matérias que não tem nada a ver com medicina, não são matérias muito legais. Tínhamos contato com o paciente desde esse primeiro ano, onde você já aprende a falar com eles. A partir do segundo ano, você já tem gosto de medicina. No terceiro e quarto ano já vai bastante para o hospital, já aprende sobre as doenças. No quinto ano, já vai bastante também para o hospital.

#Vocês criam muitas amizades?

Sim, criamos muitos laços, participei da atlética, das festinhas e isso ajuda bastante.

#O que você falaria para as pessoas que ficaram com uma nota altíssima nesse ano, mas não passou?

Não desista diante de um não, antes de passar,  eu recebi 17 não’s, mas por outro lado, passei em várias outras, então não desista do seu sonho. Não deixe seu sonho de lado, o que importa é que seu sonho é o mais importante.

#Como as pessoas podem falar com você?

Podem mandar mensagem no meu instagram @usp.medicina, eu respondo todo mundo, fiquem a vontade.