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Como passar em medicina na Unifesp, UEL, UFPR, UFRGS: Ana Julia


Hoje eu conversei com a Ana Júlia, que passou em medicina na UFPR, UFRGS e UEL. Foi uma história muito inspiradora, que eu não esperava que fosse tanto. Ela deu muitas dicas de estudo, de como ela estudava. Ela teve alguns problemas de saúde, ficou 4 anos sem estudar após o ensino médio e conta para a gente como voltou a estudar e passar.

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Susane: oi, Ana Júlia. Muito obrigado por aceitar participar do podcast. Seja bem-vinda, vamos começar!

Ana: eu que agradeço de ter sido, entre aspas, sua aluna. Eu nem lembro quantos inscritos você tinha quando te achei, você mudou minhas perspectivas. Eu só tenho a te agradecer.

Susane: muito obrigada por fazer parte disso. Agora, me conta, quais faculdades você passou?

Ana: bom, eu passei em medicina na UEL, UFPR, UFRGS e Unifesp.

Susane: nenhum fácil!

Ana: é, nenhuma rs. A minha mãe até falou que da top 5 mais difíceis, eu passei em 3, foi uma bênção.

Susane: você estudou quantos anos? como foi sua trajetória?

Ana: então, eu fiquei alguns anos afastada da escola, por conta de saúde, eu precisava fazer tratamento, eu ia de Londrina para São Paulo toda semana por conta disso. Não tinha condição de eu estudar com foco, nem em qualquer outra coisa. Precisei ir para Portugal fazer uma cirurgia,etc. Por ter tido todos esses problemas, eu quis algo da área da saúde, pois praticamente cresci dentro de um hospital. O ambiente e acolhimento me davam uma sensação de renovação e proteção, é essa sensação que eu quero levar para as pessoas.

Susane: Ana, o que você tinha? Você pode falar?

Ana: Eu tinha paralisia cerebral. Hoje estou ótima, fiz várias cirurgias, mas hoje estou bem. A paralisia não afetou nada do meu lado cognitivo, somente o motor. Eu manco um pouco para andar, mas tirando isso, tudo certo.

Susane: que superação, Ana.

Ana: ai, muito obrigada. Então, em 2016, eu tive coragem, pois tinha medo de falar para os meus pais que queria medicina, por ser de uma família pobre e de escola pública. Eu cheguei no meu pai e falei. Ele disse que eu teria 3 anos de cursinho, me inscrevi em um aqui da minha cidade, fiz uma prova, ganhei uma bolsa parcial e comecei.

Eu não lembrava de como fazer uma conta, pois foi 4 anos depois do ensino médio. Até gostava bastante de ler e ficava próximo de humanas, desse conhecimento.

Quando eu cheguei no cursinho, eu chorei a primeira semana inteira, pois todo mundo sabia tudo e eu só sabia a parte de humanas, que é uma grande porcentagem, mas que não é o mais importante para a prova.

Susane: E como foi você conseguir continuar estudando e indo para aula mesmo sabendo que estava assim tão atrás nessas matérias principais?

Ana: eu me senti uma idiota, primeiro de tudo. Eu tinha feito o ENEM anterior para ver como eu estava, a minha linha de chegada, tirei 370 em matemática. Em física, eu travava em movimento retilíneo, não sabia nenhum conceito.

Vendo isso, conversei com a minha mãe e fomos atrás de uma terapia. Depois disso, eu decidi que ia aprender além do cursinho, estudando coisas por fora, só pela fome de aprender. Eu via aulas no youtube, mesmo as de ensino superior, via só a parte teórica, eu patinava quando iam para cálculos.

Eu ficava uma hora para fazer os exercícios do cursinho, me doía, eu tinha vontade de desistir, pois não queria errar, a sensação do aprendizado é dolorosa.

Eu pensei: vai doer? que doa! Manda mais que está pouco!

Eu pensei que não passaria em nada no primeiro ano, mas passei na federal de Pelotas.

Susane: em medicina?

Ana: sim, mas como eu não podia sair de perto dos meus pais, eu não podia ir.

No segundo ano de cursinho, eu não passei em nada, foi um choque para mim. Pensei o que eu fiz de errado, pensei que regredi, pensava que tinha algo de errado. Eu percebi que o cursinho não estava se adequando às minhas necessidades. Foi aí que eu me aproximei das plataformas online, como o Ferreto, já me apaixonei por ele de cara. Lá eu conheci você.

Susane: olha, que legal que você me conheceu lá!

Ana: sim, isso foi em final de 2018. Eu não posso dizer que eu estava mal nas matérias, eu já tinha conseguindo tirar 680 em matemática.

Assim, eu comecei a seguir os passos do Ferreto, assistia às aulas, fazia os exercícios da listas. Com isso, passei a me divertir, me sentia desafiada.

Eu estava indo muito bem no simulado, estava na fase 2, eu sabia que estava pronta para a fase 3 (quem é seu aluno, sabe do que estou falando), eu sabia que estava pronta, mas não me sentia confiante de abandonar completamente.

Susane: ninguém se sente completamente, certo?

Ana: é, verdade. Eu comecei a fazer provas antigas, ficava só prova e resolução, como deve ser a fase 3. Fui assim até a prova.

Depois da prova, passei a assistir às séries eu estava adiando pra ver e esperei o resultado. Chegou janeiro e passei em todas as provas que eu prestei.

Susane: nossa, parabéns, de verdade, Ana! Você já decidiu qual vai fazer?

Ana: eu estava decidida na UFPR, mas quando vi meu nome na Unifesp, eu fiquei mexida, bem mexida. Então, eu não sei ainda, estou decidindo, mas já fiz a pré-matrícula nas duas.

Essa vitória é dos meus professores, sua também, pois se não fosse você, eu não passaria tão bem em tão pouco tempo, eu sou muito grata a você.

Susane: que lindo, Ana. Muito obrigada por isso! Então, Ana, acho que foi isso, muito obrigada por participar.

Ana: muito obrigado, espero que você coloque o Sniper para ensino superior, não nos abandone.

Susane: pode deixar! rs

Tudo de bom pra você!

Ana: um beijo pra você e pra todo mundo aí que está tentando.

Susane: tchau, Ana.

Nossa, que história, certo? Eu virei fã da Ana Júlia. Desejo que você encontre a sua história, que dê tudo certo. Se precisar de algum cupom para algum curso online: resumov.

Até a próxima 🙂