Podcast do Resumov no Google Podcasts ou iTunes, Spotify
São as questões em que a resposta deve ser um texto, diferentes das do ENEM, em que a resposta é uma alternativa. Elas são corrigidas por seres humanos, então devem ser redigidas de forma clara e didática.
Sendo mais caras para corrigir, são aplicadas por poucos vestibulares do Brasil. Quando a avaliação é composta por duas fases, só a segunda contém questões dissertativas. Em SP, essas questões ocorrem nas segundas fases da Fuvest e da Unicamp, bem como na fase única da Famema, Famerp, Unifesp, Santa Casa e outras instituições.
No geral, a melhor forma de acertá-las é ser sucinto(a), mas redigindo respostas completas. Assim, evitam-se tanto os erros por inserção de informações falsas quanto os erros por resposta incompleta. Exemplo:
Pergunta: Qual é o filo do Ascaris lumbricoides?
Resposta em excesso: O filo do Ascaris lumbricoides é nematelmintos. Trata-se do grupo animal que compreende os vermes cilíndricos não metamerizados, pseudocelomados e de simetria bilateral. Alguns dos representantes desse grupo são parasitas, como o verme em questão, que causa ascaridíase, cujo ciclo de contágio é fecal-oral.
Resposta incompleta: Nematelmintos.
Resposta ideal: O filo do Ascaris lumbricoides é nematelmintos.
Essa regra, no entanto, não vale para as questões de interpretação de texto, em que não basta acertarmos a resposta; precisamos explica-la detalhadamente. Nesses casos, é interessante inserir-se todas as interpretações possíveis na resposta, o que deve ser feito de forma articulada, como uma redação. Assim, garantimos que a interpretação correta esteja em cada uma de nossas respostas. Exemplo:
Pergunta: De que decorre o humor da tirinha?
Resposta ideal: Uma das estratégias pelas quais a tirinha gera humor é a quebra de expectativa. Isso ocorre principalmente no terceiro quadrinho, em que a imagem dos cavalos correndo em campo aberto em muito difere dos outros três quadrinhos, que indicam ambiente fechado e silencioso. Essa quebra também ocorre no âmbito verbal, em que a palavra “protocolo”, associada a situações de comunicação formal, dá lugar à onomatopeia “protocoloprotocolop…”, que indica o som do correr dos animais.Além disso, a aproximação entre os sons desses dois transcritos pode ser fonte de humor. Ao colocar a onomatopeia na mesma tirinha da palavra “protocolo”, a autora aponta para a semelhança fonética entre esses termos, o que gera uma nova associação nas mentes dos leitores. Ela rompe a formalidade e repetitividade das situações usuais da palavra “protocolo” por meio da associação dessa com o som dos cavalos.