Ícone do site resumov

Como Evitar Erro por Interpretação?


Você já sabe que a prova de matemática do Enem também tem linguagens, são questões enormes de interpretação de texto antes mesmo de fazer uma única conta. E aí o tempo é pequeno, é fácil deixar passar alguma informação e mais fácil ainda é interpretar o enunciado de forma errada. Inclusive muita gente que já sabe muitos conteúdos acaba errando as questões mais fáceis do Enem por achar que a questão queria outra coisa.

Como reduzir o erros por atenção?

Eu vou te dar uma sugestão de o que fazer baseado em vários artigos que estou lendo sobre isso e na minha própria experiência estudando pro vestibular do ITA e de medicina da USP.

E vão ser em duas partes, antes de resolver a questão e durante.

Parte 1: Auto-explicação do enunciado

Então antes de resolver, o que você vai fazer? Você vai fazer uma auto explicação do enunciado. Imagina uma questão do Enem enorme. Em vez de começar da primeira palavra e lendo e lendo e lendo, você vai pegar a última linha, aquela linha que tem a pergunta, que tem o que a questão quer, ler essa primeiro, se explicar essa e depois voltar no comecinho do enunciado.

Ou seja, você vai lá na última linha e às vezes é uma linha, às vezes são duas, podem ser três, em que a questão explica mesmo o que ela quer. É ali que toda a sua atenção tem que ir. Por exemplo, a questão quer que calcule tal coisa, ou essa questão quer saber qual que é o Y do vértice, ou essa questão quer saber qual que é essa distância ou esse ângulo. Não importa o que seja, mas tenha muito claro que a questão quer.

É igual quando você conhece alguém e a pessoa fala o nome, entra pelo um ouvido, sai pelo outro. Tem que ter esse tempo de pausa para você pensar. Então a mesma coisa é aqui na questão, você vai realmente pensar com calma a questão que é o Y do vértice.

E só depois de você ler essa última linha, se explicar essa última linha e ter muito claro que a questão quer, aí sim você vai ler o resto do enunciado começando lá em cima da primeira linha. E aqui também não vai ser só ler. Então a gente vai ler, circulando, grifando, dados importantes, inclusive quais unidades. Você sublinha outros dados que a questão vai te dar e isso vai te fazer ganhar tempo. E assim, tempo é tudo que você quer na prova do ENEM.

Assim, você vai lendo, vai pegando esses dados. Logo, com o tempo, o que vai acontecendo? Você vai fazendo isso mais rápido. Você já lê lá a última mais rápido, se explica mais rápido, volta, lê desde o começo mais rápido, já meio que vai pegando os dados mais rápido. Mas não tenta forçar a velocidade. Então vai com calma. Quando você vai treinando todo dia questões assim, contextualizadas com interpretação de texto, você vai ganhando velocidade nisso.

Parte 2: Resolver se explicando

Então agora parte dois. A gente também vai resolver se explicando. Digamos que você leu certinho e agora você vai direto resolver, certo? Errado. Tudo começa escrevendo embaixo os dados da questão. Então esses dados que você circulou, sublinhou, escreve esses dados embaixo com as unidades. Só ter esses dados com as unidades já vai te fazer olhar pra questão de outra forma. Então você já tem ali a matéria-prima que você vai usar pra fazer essa conta. Inclusive, na turma ITA, os professores falavam que era proibido começar uma questão sem anotar os dados. Assim, vai contra os bons costumes das exatas. Portanto, leia, anote e aí sim, colocou os dados. Aí você vai resolver se explicando.

Dessa forma você pode, por exemplo, se for um teorema, uma equação, você vai pensando, eu vou aplicar essa equação e vou usar esses dados aqui, vou transformar essa unidade, vou colocar nessa equação. Ou então esse aqui é um primeiro passo e depois vai ter esse outro passo. E vai resolvendo dessa forma. Se você achar muito estranho resolver se explicando, pode resolver a normal sem, assim, só focando na questão. Mas depois dá uma segunda passada explicando o que você fez. E algo que eu gosto de fazer, inclusive, multiplicação, divisão, sabe?

Algumas contas assim que é fácil errar. Ou então conversão de unidades. É fácil errar isso. E às vezes tem até alternativa certinha pra pessoa que fez essa conta errada. E assim, uma ideia que assim, eu nem sempre conseguia fazer, mas assim, a gente tenta. É organizar a resolução. Organizar de uma forma que depois você possa reler e ver o que você fez. E assim, o espaço é pequeno. Então às vezes a gente tem que treinar antes. Resolver em espaços pequenos e com letra menor. E deixar ali organizadinho num retângulo como que foi a sua resolução dessa questão.

Parte 3: Fazer a prova real

E aí uma parte 3, opcional, mas assim, que eu gostava muito de fazer, é fazer a prova real. É no mínimo ver se o resultado que você encontrou bate com o que a questão quer. Se tem sentido físico, se faz sentido isso. Então, ah, é uma coisa de cinemática. Essa velocidade que você encontrou faz sentido? Ou esse tempo faz sentido? Tipo, ou um trem está desacelerando e esse tempo que ele vai desacelerar. Não faz sentido ele desacelerar de 100km para zero em um segundo? Não faz sentido. Então assim, essas coisas é muito legal de a gente pensar. E ver se faz sentido físico, se faz sentido matemático. E se é normal, se é normal esse tipo de resultado. E outra coisa é ver se bate com a questão.

Muitas vezes dá para você colocar o resultado na equação ou lá no enunciado e ver se tudo bate. Ou assim, você está calculando os juros, pega o resultado que você encontrou, coloca lá e vê se dá certo. Se você encontra os outros dados do enunciado. Eu sei que isso dá muito mais trabalho e principalmente gasta muito tempo. Então é uma coisa que é preciso treinar para ir fazendo com maior velocidade. Inclusive o próximo ponto é treinar isso.

Parte 4: Treinar

Então pegar questões contextualizadas, questões gigantes, questões, sabe, com textão para você treinar e de preferência todo dia. Ou assim, de segunda a sexta. No Sniper a gente recomenda a Lista Sniper. Que é uma lista do que você já viu. E assim, é a revisão, a principal revisão do método Sniper, pegar o que você já viu. Mas além dessa, você pode fazer uma lista de questões fáceis todo dia. Ou de questões que você basicamente vai treinar a interpretação.

Então aí por exemplo, entra o ENCEJA, entram questões da UNESP. E assim, nem sempre da UNESP vão ser fáceis. Muitas vão envolver um pulo do gato e muitas vão ser até mais difíceis que o Enem. Mas elas também são contextualizadas. Então uma ideia é fazer algumas questões todo dia. Então sabe, cinco questões, dez questões. Depois de um tempo você aumenta para 15, 20 quem sabe. Mas vai se acostumando com esse tipo de questão. Para você, sabe, chegar lá no dia do Enem, não perder tempo.

Porque assim, uma pessoa normal que não está acostumada com a prova do Enem, ela vai chegar lá e ela não vai saber como leu o enunciado. Ela não vai saber como pular questões, como organizar a resolução ali. Então vai ser tudo muito novo. Mas se você já treina por vários meses, mesmo que assim, não treine as questões mais difíceis, treine só as mais fáceis, treine mais essa interpretação, que é um ponto importante do Enem. Só treinar isso já vai fazer você, sabe, muito na frente.

Por que isso funciona?

Inclusive esse treino te faz errar muito menos. E um parêntese para te explicar porque isso funciona. Concorda que sempre que você explica, você aumenta a dificuldade de alguma coisa? Por exemplo, você pode só ler o enunciado e você pode ler o enunciado e explicar esse enunciado. Explicar é mais difícil. Ao ser mais difícil, o que você está fazendo na prática é aumentando a carga cognitiva.

Então aumentando o esforço de processamento do seu cérebro. Ao aumentar esse esforço, ao ligar mais motores, acaba que você presta mais atenção. E onde tem mais atenção, tem menos erros. E aí vira um ciclo. Você se explica, aumenta a carga cognitiva, melhora a atenção, reduz os erros.

Um ciclo que roda várias vezes em uma única questão. Então vale a pena a gente buscar se explicar principalmente nas questões mais fáceis ou nas questões com enunciados mais enormes. Mas é uma coisa que você vai pegando jeito conforme você vai fazendo várias questões de provas antigas.

Então resumindo, vou fazer um resumo e eu quero que no final do resumo você tire um print e salve aí no seu celular, no seu computador, para você ter sempre isso. E mandar para os seus amigos. Como reduzir erros por interpretação. Antes de resolver, você vai ler a última linha se explicando e voltar e ler o texto grifando, circulando os dados principais.

E aí depois de entender bem o que a questão quer, você vai para a resolução. E tudo começa com anotar os dados da questão. Com as unidades. E aí você resolve se explicando cada passo da resolução ou então resolve e depois no final se explica. Por fim se der tempo uma ideia fazer a prova real ou ver se tem sentido físico.

Ler por prazer

E assim por último, queria falar que tudo melhora quando você lê por prazer. Então quando você lê livros que você gosta, sabe, você cria o hábito de ler, sabe, ler antes de dormir, ler durante um descanso. E algo que você gosta mesmo. Então não é para ler, sabe, uma coisa de literatura que vai cair no vestibular. Não! Leia um livro que você se interessa, que você quer descobrir o que vai acontecer, ou que você quer melhorar algum hábito.

Pode ser qualquer coisa, romance, autoajuda, jornal, se você gostar. Então a ideia é você gostar. E assim, para quem vai começar a ler, se você for ler literatura, uma ideia, lê livros de contos. Às vezes tem contos mais curtos ou contos de vários autores juntos ou um autor mesmo que escreveu vários contos.

Então pode ser legal também. E se você quiser um método completo de como estudar para o Enem, para o vestibular e chegar logo na nota que você quer, dê uma olhada no Sniper de Questões, que é lá que eu explico tudo certinho, passo a passo, de como estudar.

E assim, otimizando seus estudos para você ter o máximo desempenho no menor tempo possível de preparação. Então por hoje é isso. Muito obrigada por assistir, bons estudos para você e continue sempre indo atrás dos seus sonhos, porque o mundo precisa da habilidade que só você tem. E até o próximo post. Tchau!