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COMO ESTUDEI MATEMÁTICA PRO ITA parte 1: crenças


Hoje eu vou falar sobre as 3 transformações que eu precisei passar para passar no ITA e para aprender matemática no níveo do ITA. As dicas de hoje também são úteis para quem vai fazer Usp ou Unicamp, mas não tanto para o ENEM, a não ser que sua intenção seja gabaritar.

Conheça o 1pause.

A primeira tranformação

A primeira transformação foi mudar como eu pensava. Então, eu pensava que eu deveria ter facilidade com os assuntos de matemática, pegar rápido o que os professores falam ou aprender rápido lendo os livros. Contudo, quando você faz turma ITA, você vê que é completamente impossível, pois o nível é muito maior.

Eram 3 frentes, sendo cada uma mais difícil que a outra. Dessa forma, em vez de tentar aprender uma e focar, eu tentava aprender as 3 ao mesmo tempo. Depois eu percebi que quem consegue entender as 3 ao mesmo tempo, é por já está no segundo ano do cursinho e ter uma base.

Logo, eu mudei minha mentalidade, eu vi que não era preciso aprender tudo de primeira.

Às vezes, eu até chorava por não conseguir acompanhar a aula. Então, o que eu mudei? Eu vi que com o esforço e a batalha do dia a dia eu eu ia conseguir aprender.

Segunda transformação

A segunda transformação vai ser sobre a ordem de assuntos. Eu me liberei dessa ideia de que eu deveria seguir as frentes do cursinho, que eu deveria como eles ensinam.

Eu quero que você pense em uma pirâmide com os blocos, como a do Egito ou asteca. Não tem como você montar os blocos de cima sem montar os da base ou mesmo preparar o terreno para fazer a fundação.

A gente não pode estudar sem pegar a base, sem pegar os primeiros blocos e ir construindo bloco a bloco a pirâmide do conhecimento.

O que aconteceu? Eu tentava acompanhar aulas de matrizes, de geometria plana e de números complexos. Quando chegava a tarde, eu tinha a opção de abrir o livro de geometria no capítulo da aula, da semana anterior e do começo. Eu pegava sempre o da aula e não conseguia ir pra frente, não dava certo.

Fica uma sensação horrível de incapacidade, de nunca dar certo. Portanto, depois de um tempo eu percebi que deveria mudar a forma de estudar. Eu percebi que o ideal seria começar do zero, pegar o primeiro livro do fundamentos da matemática elementar.

Não é necessário fazer todas as questões, eu pegava a base do livro e fazia provas do ITA daquele assunto. Fazia 20 questões por capítulo e depois ia para as provas. Depois de um tempo, eu já fazia logo as da prova, sem ficar muito tempo no livro.

Terceira transformação

A terceira transformação foi aprender a demonstrar. Realmente dar valor em fazer demonstrações, em fazer exercícios difíceis, em passar um tempão entendendo uma questão, uma demonstração. O que diferencia um aluno do ITA de um aluno do ENEM é que o do aluno do ENEM decora, o do ITA já sabe isso decorado também, mas sabe demonstrar, sabe chegar lá.

Isso acontecia com aqueles cosseno (2x), cosseno (x+y), etc. Tudo dava para a gente demonstrar e era divertido, a gente aprendia a pensar, apesar de não ser fácil.

É importante falar que eu não estudei todos os assuntos. Em geometria plana, por exemplo, eu sabia só o básico e não sabia nada de probabilidades. Eu estudei probabilidades somente para a Fuvest, anos depois.

Essa foi a ideia do vídeo de hoje. Continue indo atrás dos seus sonhos, o mundo precisa da habilidade que só você tem. Tchau 🙂