Estudando humanas da forma tradicional, você perde três vezes. É mais difícil, mais demorado e acerta menos. E se existisse um método que resolve essas três coisas? Fosse mais fácil, mais rápido e acertasse o dobro e ainda faz você amar humanas.
Isso é uma coisa que até agora eu sempre deixei secreto para os alunos do Sniper de Questões; mas chegou a hora de falar aqui no YouTube.
Método Tradicional
O método tradicional é aula-lista, aula-lista, aula-lista. Então você vê a aula de pedaços capítulo um, faz a lista. Depois, mais uma aula de pedaço Capítulo um, faz a lista. Às vezes ainda chega em casa e lê de novo a teoria, faz um resumo e, assim, fica nesse looping, aula-lista, aula-lista, aula-lista. Isso tem dois problemas:
Primeiro que você não sabe quais detalhes são importantes e quais são irrelevantes, quais você nem deveria estudar. E o segundo problema é que, quando você passa para o próximo capítulo, você já esqueceu o anterior. Então, você está lá no capítulo sete, você já esqueceu o capítulo três. É verdade ou não?
Vira um ciclo. Você vê um pedaço da aula, mais pra frente já esqueceu. É uma espiral em que você vai indo mais fundo, vai esquecendo o começo e se sente totalmente perdido e sem chão. E mesmo se você se esforçar muito para aprender tudo e todos os detalhes, vai por água abaixo. Porque é impossível aprender tantos detalhes de uma vez. Então, ou seja, tem três problemas: É lento; faz esquecer; e o seu desempenho fica lá embaixo.
Solução
Então, vamos para a solução! Qual a melhor forma de montar um quebra cabeça? Começar pelas bordas, certo? Pois é. Por que a gente nunca faz isso quando quer aprender algo novo? A gente quer ir direto para o detalhe.
Dessa forma, a solução vai ser aprender história pelas bordas. É como um globo terrestre. Antes de você vir estudando cada cidade, primeiro entende que a terra é redonda. Existe aqui a Linha do Equador, as linhas, onde está cada país. Só com isso já dá para você pensar na posição do Sol, no clima que isso vai trazer. E isso simplifica muitas coisas para não decorar tanto em geografia.
O objetivo vai ser pegar a ideia geral, ver toda a história. Assim, em vez de se aprofundar na Grécia, nas guerras, no detalhe do detalhe; você vai ver a linha do tempo inteira da história; vai ver o quanto o pensamento grego influenciou o Iluminismo, nas artes renascentistas, no estilo clássico. Você vai ver ciclos da história. Você não vai ver só a borda, mas a ideia por trás. É algo que, quando você estuda um quadradinho por vez, uma pecinha, você não consegue entender tão bem. Pelo menos não tão rápido.
Maratona de Humanas
Então como a gente vai fazer isso? Como a gente vai pegar essa borda, entender a ideia geral?
A gente vai fazer o método das maratonas.
Sabe quando sai uma série maravilhosa na Netflix e você assiste vinte episódios em um fim de semana? Pois é, isso que você vai fazer com história. Ok, não precisa ser as vinte aulas num mesmo dia, pode ser uma por dia, duas por dia. Mas a ideia é quebrar o ciclo aula-lista e ver logo todas as aulas de história. E aí você tem que achar aulas bem legais, com professores divertidos e resumidas. Nada daquela coisa longa, densa e entediante. E sempre com o objetivo de acabar a maratona em três semanas ao mês.
Sim, é isso mesmo. Você vai ver o conteúdo da sua vida inteira de história, da escola, dos três anos de ensino médio, de um cursinho superdenso, em três semanas. Em algo como uma hora por dia, uma hora e meia por dia… E isso sem deixar de enfatizar as matérias que realmente importam, que costuma ser matemática e redação.
Então, como você vai fazer isso?
Você pode achar um canal no Youtube ou um curso de história e geografia. Dá uma olhada, muitas vezes você acha toda a história em, tipo, cinquenta aulas de cinquenta minutos. E se você colocar em velocidade 1.25 ou 1.5, você consegue assistir bem mais rápido, duas aulas por dia. Ou às vezes um pouco mais no fim de semana. E termina em três semanas.
Dessa forma, você se pergunta: Onde vai achar uma hora por dia?
É muito simples! Você vai ao banheiro, não vai? Pois é, em vez de ficar no Instagram, você pode ver a aula de história. Você escova os dentes, passa o fio-dental, que demora uma eternidade. Coloca a aula de história! E aquela enrolada no sofá depois do almoço? Pois é. Vai cozinhar? Coloca a aula! E assim eu acho que você consegue uma hora só com esses momentos.
E pra isso dar certo, é preciso esquecer perfeccionismo. Às vezes você vai dar uma viajada, principalmente em algum detalhe ou em um assunto mais denso como as revoltas. Nesse caso, de vez em quando, você pode assistir mais uma aula do tema. Mas, em geral, continua o curso, vai até o final. Foca nas bordas! Ou seja, engula a confusão e persista!
E depois de ver todos esses vídeos, um passo opcional é fazer sua linha do tempo. Colocar lá cada época, o que aconteceu. Ou, se você estiver com muita preguiça, só pegar uma pronta na internet. Você digita lá: Linha do tempo: história. E pronto! Pra falar a verdade, foi o que eu fiz.
Porque o recall é muito legal, é bonito, funciona; mas dá muito trabalho. E às vezes a gente tem preguiça. E não tem problema. Porque o estudo mais importante não vai ser esse aqui, vai ser nas provas.
E aí você viu todos os vídeos, está super empolgado, vai começar provas antigas… E erra tudo! De dez questões, erra dez. Aí você se desespera e pensa: Por que eu segui o que ela falou?! Então, você vai fritar a cabeça, às vezes parece que você não aprendeu nada. E está tudo bem, é assim mesmo.
Então, o que vai acontecer? Você tem as bordas dos vídeos que você viu. Agora, nas provas, você vai colocar as peças do meio. Então, não tem problema errar. A ideia aqui vai ser ir aprendendo com cada questão, cada alternativa que você não entender você vai lá e se aprofunda. Aqui que você vai saber quais são os detalhes importantes; não lá no começo. Aqui você vai ver o que realmente cai na prova, o que realmente você precisa saber.
Tem gente que nessa fase vai errar bastante e se desmotivar e questionar toda a vida. E acha que isso é um sinal: “Ai meu Deus, nunca vai dar certo!”. E tem outras pessoas que vão errar também; mas vão ser desafiadas a aprender e vão dar o gás e vão aprender direito aquilo. Quero que você tenha a segunda mentalidade. Vai lá no banheiro, passa lama na cara e vai fazer as questões de humanas como se estivesse indo para a guerra! O bom da argila é que descongestiona os poros.
Então, você vai aprendendo com a resolução. Às vezes você só lê a resolução; outras vezes você pode ver um vídeo sobre isso; outras vezes você procura um resumo. Vai lá no Google mesmo, digita o assunto, dá uma olhada no resumo.
Muitas vezes você vai continuar se sentindo viajando e não tem problema. Continua fazendo isso, questão por questão a galinha vai enchendo o papo, você vai aprendendo. Parece loucura; mas você vai ter toda a história na ponta da língua.
E aí se você persistir nessa fase, a mágica vai chegar; que é pegar uma prova e acertar uma atrás da outra, mesmo que seja da FUVEST, da UNICAMP, da UNESP ou do ENEM. Então, no ENEM você vai lá tirar quarenta, quarenta e um, quarenta e três. É um método que corta etapas.
E aí você chega nesse nível em um terço, em um quarto de tempo de alguém que está lá no cursinho, naquele método aula-lista, aula-lista, aula-lista. Ou seja, a pessoa lá vai precisar de duzentas horas de aulas, duzentas horas de questões. E você vai precisar de cinquenta horas de aulas, nas maratonas, e cinquenta horas de questões de provas.
Sendo que a pessoa lá vai acertar vinte e cinco questões em humanas no ENEM e você vai acertar quarenta, quarenta e dois, quarenta e três. Ou quem sabe gabaritar.
A coitada da pessoa do cursinho que, mesmo assim, com tantas horas de dedicação, vai continuar achando que a solução é assistir mais aulas, é fazer mais um ano de cursinho e ver tudo aquilo de novo.
E você, meu amigo, minha amiga, nesse ponto já vai ter entrado na faculdade e no curso que você sempre quis. Sabe por quê? Porque, além de gabaritar humanas, você vai ter tempo sobrando para o que importa: para exatas, para redação, para fazer a Lista Sniper, para fazer provas antigas.
Então, ou seja, você usa o seu tempo direito. E, assim, eu lembro que eu não sabia nada, era analfabeta em história, geografia… E em dois meses e meio, eu vi o conteúdo e já estava gabaritando provas da FUVEST, da UNICAMP, da UNESP. Gente, dois meses e meio!
E, assim, não fui só eu, vários outros alunos. Então, você pode ver entrevistas de aprovados, todo mundo falando: “Ah, eu fiz a maratona e, olha só, quarenta questões em humanas, quarenta e uma questões em humanas!”. Não é uma pessoa, não são dez pessoas, são umas cinquenta. Só nos vídeos.
Benefício
Outro benefício é que eu me apaixonei por história. Passou a ser muito legal, muito interessante. Porque não tem mais aquela pressão, aquela chatice de você ver a aula e você ter que fazer a lista gigante e, sabe, meio que te interromper. É como se, saber, você fosse assistir a uma série da Netflix, aí você vê um episódio, aí depois você já tem que fazer uma lista do episódio. Não, tira toda a diversão de ver! Você vê todos os episódios e daí se você esqueceu um detalhe?! A mesma coisa aqui.
Assim, nem sempre o estudo vai ser legal, vai ser fácil. Mas aqui pode ser, em humanas pode. Em humanas vai ser divertido.
Nossa, eu dava altas risadas em aulas de história, geografia, assim… Eu só escolhia… Eu só escolhia professor engraçado. Esse era o meu problema e, assim, deu certo, foi muito bom porque estudar história era um prazer! E também, assim, nem todos eram engraçados. Mas mesmo assim era muito legal, muito interessante e, sério, você vai desenvolvendo um gosto por aquilo que vai até te ajudando a acertar mais depois.
Então é isso, me conte embaixo quais cursos de humanas você recomenda! Muito obrigada por acompanhar! E se você aplicar e você fizer certinho do jeito que eu falei, sem muito perfeccionismo, com persistência nas provas vai dar certo. E aí depois volta aqui e me conta nos comentários. Nem que seja ano que vem, quando você passar, você me conta aqui: “Ah, eu segui esse método e passei, eba!”
Continua indo atrás dos seus sonhos, o mundo precisa da habilidade que só você tem!
E a gente se vê aqui no próximo post, tchau!