Eu dividi esse episódio em 4 partes:
- 1a parte: importância do erro para aprender melhor
- Errar com questões mais difíceis vai ter um resultado muito melhor na sua nota do que acertar questões mais fáceis.
- 2a parte: 2 tipos de questões
- 3a parte: como eu estudei pro ITA e pra medicina na USP
- 4a parte: método passo a passo de como você pode começar a incluir provas antigas no seu estudo
Bônus do episódio: Planner em PDF
1a parte: importância do erro
Fazer provas antigas é difícil, mas é factível, vamos acabar com o drama!
Estudo sobre a importância do erro
Vou mostrar porquê fazer provas antigas e exercícios difíceis e ERRÁ-LOS é melhor para o aprendizado do que fazer os exercícios tranquilos da matéria que você acabou de ver e acertá-los.
Para aprender melhor e mais rápido: Errar é melhor que acertar (estudo científico)
Entre os 2 grupos, quem aprendeu mais?
- Os alunos do grupo 1 que só treinaram com questões fáceis não conseguiram fazer as questões difíceis, e tiveram muita dificuldade com as medias
- Os alunos do grupo 2 que treinaram com questões difíceis, conseguiram fazer as fáceis, tiveram mais facilidade com as médias e conseguiram fazer algumas das questões difíceis.
O que é erro produtivo
É melhor ser desafiado com problemas acima da sua capacidade ou conhecimento, e tentar resolvê-los e errar. O erro ensina muito mais do que o acerto.
Já quando você erra, aquilo fica na mente.
- Assiste a aula
- Relê a teoria
- Só faz os primeiros exercícios e pula pro próximo assunto
- Assiste a aula
- Faz a lista de exercício, consulta a teoria conforme a necessidade
- Faz as provas antigas daquele assunto ou
- faz provas antigas inteiras, erra um moooonte, mas aprende a fazer as questões e passa.
Existem dois tipos de problemas matemáticos
o 1o tipo é o problema passo a passo
O 2o tipo é o problema pulo do gato
Esses problemas que envolvem o pulo do gato você não aprende só estudando a teoria, é preciso pegar os problemas de prova!
Como eu fazia provas antigas
Como eu fazia as provas antigas do ITA
1o momento: depois que acabava de estudar um assunto
2o momento: A partir de agosto
Como eu fazia as provas antigas da USP
Eu baixei 10 anos da USP, Unesp e Unicamp. E imprimi naquele modo livreto, duas páginas por folha e frente e verso. Ou seja, em uma única folha de papel eu tinha 4 páginas de provas. Era uma letrinha pequena mas ajudava por não precisar carregar tanto material.
Primeiro fiz as provas da UNESP
A primeira que eu fiz foi a Unesp. Porque era a primeira prova. Eu fui fazer o vestibular da Unesp praticamente tendo visto metade das provas da Unesp. Talvez por isso passei na posição 400 e não passei nas vagas.
Segundo fiz as provas da Unicamp e USP
Depois do vestibular da Unesp, fiz as provas da Unicamp e da USP. Eu revezava entre uma e outra, pra não ficar boa só em uma banca. Pra prova da Unicamp eu consegui completar esses 10 anos. E a prova da USP foi no fim de semana seguinte, e nela consegui ir melhor ainda.
Eu via essa diferença clara de uma semana pra outra, porque em questão de uma semana, só fazendo provas em 100% do tempo eu evoluía muito.
Nesse tempo de vez em quando eu pegava alguma questão discursiva, mas só das matérias que caíam no 3o dia, que agora vai ser 2o dia da USP, que são biologia, física e química.
Mas eu diria que eu foquei mais nas questões objetivas.
Depois que passou a primeira fase da USP, no dia seguinte eu comparei o que eu tinha feito com o gabarito e aí pensei passei pra 2a fase. Então agora modo provas subjetivas on! E muitas redações.
Antes eu fazia 2 redações por semana, depois da 1a fase eu continuei 2 redações, mas eu lia sobre outros temas, estudava sobre Baumann.
Um detalhe é que eu fazia só provas por matérias, tanto pra USP quanto pro ITA
Então na prática eu fazia uns 2 anos por vez de física, 3 anos de biologia, por dia. Isso pra USP.
Pro ITA as questões eram mais trabalhosas e eu demorava mais.
Então, eu sentava e pensava vou fazer 2 horas só de provas de física, ou só biologia.
Então agora vou falar como você pode fazer provas antigas, e lembre que tudo isso que eu falo está no planner pra você fazer as provas antigas.
Como você pode fazer provas antigas
Passo a passo para fazer provas anteriores
Você pode fazer de 2 formas.
- Provas antigas completas (como fiz pra USP e no fim do ano pro ITA)
- Listas de exercícios com questões antigas – por tópico (como fiz ao longo do ano pro ITA)
-
Faça provas por tópicos (como eu fazia pro ITA)
- Procure uma lista de: “Biologia > citologia” e faça todas as questões.
- Quando errar, veja a teoria na apostila ou a aula do professor.
- Aprenda a fazer cada exercício, a ideia não é decorar, mas saber o suficiente para explicar para um colega.
- Quando não souber, veja uma linha da resolução, e tente fazer o resto sozinho.
- Separe as questões que você errou e precisa fazer novamente. Exemplo: Lista de física>dinâmica, questões 3, 8, 15.
- Um mês depois (ou antes)refaça as questões.
- Faça isso para todos os assuntos.
Questões por tópicos da Fuvest no fim da página do grupo Exatas, e do ITA no paperx.
-
Faça provas antigas inteiras (como eu fazia pra Medicina na USP)
- Escolha uma prova inteira, por exemplo, de 2010.
- Se preferir, comece com uma única disciplina. Exemplo: 2010 > Física.
- Resolva a prova,
- Quando não souber, veja uma linha da resolução, e tente fazer o resto sozinho.
- Faça isso até fazer toda a resolução.
- Quando errar, volte na teoria/vídeo-aula dos assuntos.
- Separe as questões que errou para fazer de novo. Você pode criar um caderno no app Evernote, no Notas do Google ou do iPhone, e anotar: “Fuvest 2016, prova V, questões 1, 6, 18, 28, 30…” – Isso vai te ajudar no mês de revisão antes da prova!
- Continue até a prova de 2018, e faça provas similares:
- Grupo Fuvest (Unicamp, Unesp, Famema).
- Grupo ITA (IME, AFA).
Como ainda estamos em junho, acho que você pode focar em estudar por listas de exercícios, e fazer provas inteiras das humanas.