Hoje vamos entrevistar o aluno que passou em primeiro lugar no ITA, Bruno Ferreira.
Esse post está em formato de vídeo abaixo:
#Você passou em primeiro lugar?
Sim, em primeiro lugar geral no ITA e IME.
#Quando você começou a estudar, você pensou que seria em primeiro lugar?
Tenho segredo por trás disso, nunca gostei de estudar, mas depois que quis mesmo o ITA, tive que mudar meus hábitos. No ensino médio, eu matava aula para jogar bola, jogar baralho. E no terceiro ano do ensino médio, eu tentei a bolsa em um cursinho e consegui.
#Você optou pelo ITA pelas questões ou pelo nome ITA mesmo?
No terceiro ano, eu decidi, é um desafio muito grande, muito difícil e quero encarar esse desafio.
#Você passou nesse primeiro ou estudou mais alguns anos?
Estudei em 2 anos de cursinho. Fiz algo que não deu certo, estudei o dia todo estudando, mas no segundo ano, eu fiz diferente e foi quando mudei a estratégia de provas. O ensino médio acabou me atrapalhando um pouco, pois conciliava o ensino médio e cursinho.
#Como foi seu terceiro ano?
Como era um sonho, foi um pouco difícil, mas sabia que queria ir para o ITA. No início teve bastante obstáculo, mas no final deu tudo certo.
#Você questionou sua capacidade?
Quando decidi, eu coloquei na parede do meu quarto ‘’ITA’’ e uma coisa que eu pensei ‘’quanto tempo eu tenho’’. E ainda tinha mais ou menos 6 ou 7 anos para entrar no ITA, mas iria tentar até conseguir entrar. Mas isso não me atrapalhava com relação a minha capacidade.
#Como foram as provas nesta reta final?
Tinha mais experiência, já tinha feito mais vestibulares. No ITA, meu foco era passar para a segunda fase. A primeira prova eu teria que tirar uma nota boa, mas a preocupação era passar para a segunda fase, mas nesse ano não consegui passar para a segunda fase.
#Você fazia questões de olimpíada?
Não, infelizmente, não. Fazia mais listas de questões. Eu fazia olimpíada somente no ensino médio, onde ganhei algumas medalhas. A matéria mais difícil para mim é química, mas no primeiro ano que tentei ITA, foi física.
#Vamos falar dos erros?
O primeiro foi estudar de manhã, isso aconteceu mais de manhã. Depois percebi que não conseguia render e me dava muito melhor. No meu segundo ano, foi pautado para corrigir os erros do primeiro ano. No segundo ano de estudo, eu estudava menos matemática, pois era a matemática que estudei mais no primeiro ano. E com relação às outras matérias, sempre estudei os pontos mais fracos.
#Você assistia às aulas?
Não, não ia para aulas de inglês, pois já era suficiente para o nível de vestibular. As aulas de literatura ia mais nas aulas dos livros literários. E nessas aulas, eu sempre estudava outras matérias. Nunca fui de fazer resumo, tinha um caderno mais filtrado.
#Quando você pensou na preparação, você estudou para passar ou estudou para passar em primeiro lugar?
Eu falava que estaria em São José dos Campos, planos para passar no ITA. Eu não deveria pular etapas, ou seja, deixar muitos buracos para trás. No primeiro ano não deu certo, mas no segundo sim. O que fiz de diferente foi olhar as minhas dificuldades do primeiro ano e me adaptando para o segundo ano, muito detalhes. Montando várias estratégias, deu para passar.
#Você terminou de ver todo o conteúdo?
Praticamente acho que vi tudo, mas com certeza devo ter passado algum assunto para trás, mas a maioria das ‘’decorebas’’ eu passei algum tempo sem entender, ou seja, eu anotava, mas o necessário eu fiz. Os erros comuns que os outros comentem é: estudar coisas desnecessárias, fazer questões de olimpíadas internacionais, muita gente deixando o psicológico atrapalhar, ficar comparando, pular etapas.
#Com relação ao seu psicológico?
Desde o primeiro ano do ensino médio, eu sempre tive medo, mas é normal com relação quando se fala de ITA, prova do ITA e deixar a prova consumir não é legal. No segundo ano, eu não sentia tanto medo da prova, pois já estava lidando com questões em casa e não adiantava ficar com medo. Em outros vestibulares já tinha feito provas e o clima era o mesmo, já tinha experiência e isso me acalmou.
#Na hora da prova, teve alguma questão difícil que quase abalou?
Sim, tiveram duas questões que nunca tinha ouvido falar, mas depois fui fazer a prova de redação e logo voltei para física e lembrei que já tinha feito uma questão no cursinho, a outra consegui desenvolver, mas não sei se acertei algo na questão. E no fim valeu muito a pena!
#Sua estratégia de revisão, era mais seu grupo do whatsapp?
Ao longo do ano fui revisando, todo o simulado e exercício iria refazendo, isso me dava um feedback e o que eu passava despercebido, eu dava uma estudada a mais, eu sempre estava revisando os conteúdos que não estava bem, era bem dinâmico.
#Você gostava de estudar?
Sim, mas no início não gostava muito. As matérias de exatas sempre gostei, sempre praticava ao máximo fazer estas questões, pois matemática era a questão que mais gostava. Fiz a prova em Fortaleza, fiz a prova do ENEM, passei em primeiro lugar geral. O fato de ter feito outros vestibulares, isso me acalmou, gente de diversos cursinhos, isso me acostumei. No dia da prova do ITA, estava tranquilo e isso me ajudou a passar para a prova o que aprendi durante o ano. Entre o primeiro e segundo ano, ainda continuei estudando, fazendo provas antigas, corrigindo as provas antigas.
#Depois da segunda fase foi só esperar o resultado?
Sim, e perto do resultado do ITA, saiu o resultado do IME e tinha passado, assim como na Escola Naval. Estou fazendo engenharia de computação e dentro do ITA estou gostando dessa minha escolha, mas estava em dúvida em computação e eletrônica. Estive com aula presencial somente de janeiro a março. Hoje estou morando em Vila Velha, na casa dos meus pais.
#Qual seu instagram?
É ferreirabruno_ Espero ajudar muitas pessoas.
Muito obrigada pela entrevista, isso vai ajudar bastante o pessoal que vai estudar para o ITA. Boa sorte no seu curso, no sucesso profissional.