Ícone do site resumov

Como aprender mais rápido por princípios fundamentais e exercícios mentais


Hoje eu vou falar como aprender mais rápido. Em vez de dar 10 dicas de como aprender mais rápido, eu vou falar o que é importante mesmo.

Vamos começar pelo mais importante que é partir dos princípios. A gente pode pensar no conhecimento como uma árvore, então uma árvore tem as raízes, o tronco e as folhas.

Uma pessoa que não aprende bem, que não consegue ter um conhecimento profundo, é aquela pessoa que vai querer aprender a folha, que é a mesma coisa que decorar, em vez de aprender a árvore toda, aprender uma folha.

Já uma pessoa que vai aprender bem, que vai aprender com profundidade, que vai conseguir pensar, fazer inferências, fazer conclusões, é uma pessoa que começa da base, que começa das raízes, sobre pelo tronco e só depois vai aprender os detalhes.

Logo, a primeira coisa vai ser aprender a gente querer aprender o princípio, a base, e depois os detalhes.

Então, por exemplo, pra estudar matemática, primeiro você vai ver fração, divisão, potenciação e bem depois só que você vai estudar logaritmo; e mesmo quando você for estudar logaritmo, a primeira coisa vai ser entender a ideia geral: O log de b na base a é igual a x, sendo que a elevado a x é igual a b.

Esse texto está em formato de vídeo abaixo:

A primeira coisa vai ser isso, depois que você entender isso você vai para as propriedades, log de a vezes b e vê o que acontece; sempre vindo do princípio e saindo pelas folhas.

É por isso que pra estudar pra um vestibular mais concorrido como o ITA, você se torna alguém de exatas mesmo, porque em todos esses detalhes em física, matemática e química, você vem sempre pra base, você vem sempre pra raiz.

Por exemplo, no logaritmo você vai querer a partir da equação fundamental, demonstrar cada uma das propriedades. Então, você está sempre conectando o conhecimento, quando você demonstra uma equação, você entende aquilo de uma maneira muito mais profunda.

Sempre que possível, quando você estiver estudando um assunto novo, uma matéria nova, tente entender de onde que está vindo isso, e assim você não vira refém de decorar uma equação, você entende de onde ela está vindo, consegue fazer na hora da prova, mesmo se você não lembra a equação.

Em física, por exemplo, ou até mesmo na engenharia, você tem que entender qual é o princípio físico.

Então, tem até alguns vídeos que o Elon Musk fala que o mais importante para fazer uma empresa tão inovadora, é partir do princípio. Portanto, em vez de pensar por analogia como “ah, se essa pessoa fez daquela forma, então vou fazer bem parecido”, partir mesmo do princípio, se perguntar:

“Qual princípio a gente está tentando resolver?”, “Qual o fenômeno físico?”, De onde a gente pode tirar essas ideias?”

Dessa forma, você volta lá na raiz e cresce pela árvore com as suas ideias criativas

A segunda parte pra aprender algo mais rápido e com mais profundidade, é fazer conexões.

Então, se a gente pensar em uma pessoa que aprende rápido e uma pessoa que aprende devagar, qual a principal diferença?

É que a pessoa que aprende rápido, ela está toda hora tentando conectar, o professor está falando alguma coisa e ela está tentando relacionar com alguma outra coisa, tentando encontrar alguma analogia, alguma aplicação do que o professor está falando.

Essa, pra mim, é a principal diferença, e quanto mais você fica bom nesse músculo de achar relações/analogias, mais rápido você consegue fazer isso, parece que fica até mais inteligente, porque você consegue pegar aquilo que o professor está falando e trazer pra você, e transformar em seu conhecimento.

Começando pela imaginação. Eu tive um aula de química em que o professor ia falar de eletronegatividade, ele começou falando:

Imagina a molécula de iodo… A molécula de iodo é um disco voador enorme rodeado por uma nuvem de luzes de elétrons.

Então, ele fez a gente imaginar isso e depois imaginar o flúor como um vaga-lume bem pequeno e luminoso, e depois ele fez a gente relacionar esses tamanhos e essas luzes com a capacidade de eletronegatividade. Aquilo foi uma coisa que me marcou muito, eu estava no segundo nessa época e pensei:

Nossa, dá pra a gente fazer relações assim!

E sempre que eu pensar no assunto, eu posso imaginar essas coisas”; aquilo ficou comigo, porque é muito legal esse exercício de você estar estudando alguma coisa e ficar se perguntando assim:

Como eu posso relacionar isso com algo que eu conheço ou com algo que eu possa imaginar?

Portanto, esse exercício é muito bom! Quando você estiver estudando algum assunto, em vez de se esforçar a decorar (que é uma coisa que não vai ficar), tente ver uma aplicação, uma imaginação, alguma analogia para o assunto que você está estudando, até mesmo o Einstein fazia isso.

Primeiro o Einstein trabalhava em um escritório de patentes, e lá ele ficava recebendo requisições de patentes.

Enquanto ele estava lá, ele aprendeu a fazer exercícios mentais, ele via um problema, imaginava como poderia resolver o problema, depois lia patente, via se batia e se essa patente podia ser aprovada.

Assim, ele aprendeu com esse exercício mental a pensar dessa forma e depois quando ele foi resolver o problema da relatividade, ele foi com essa ideia de fazer exercícios mentais. Então, por exemplo:

O que aconteceria se eu andasse no trem com a velocidade da luz? ou se de dois irmãos gêmeos, um ficasse na terra e outro viajasse em uma nave, qual envelheceria mais rápido?

Esse tipo de raciocínio fez ele ter uma ideia de como resolver a questão da relatividade, e isso é algo que você pode usar quando estiver estudando uma matéria difícil ou quando estiver estudando mecânica…

Como vai ficar o pêndulo se movendo? E se o trem desacelerar?

Dessa forma, você vai pensando essas coisas e vai entendendo o problema de uma forma muito mais profunda, e ao entender de uma forma mais profunda, você vai conseguir transformar em equações o que você está vendo, entender mais rápido na prova.

Então, por exemplo, você abre a prova e tem um problema de física, ao ler o enunciado você já consegue em um problema físico mesmo já imaginando, e depois matemático passado pro papel.

Portanto, é muito bom a gente ter essa capacidade de imaginar o problema, o assunto que a gente está estudando, fazer analogias. Quando você pensa no ponto de ebulição, por exemplo:

Ah, por que algumas moléculas vão ter pontos de ebulição maiores que outras?

Você analisa a atração intermolecular, você pensa que é tipo uma está segurando a mão da outra e por isso elas não se soltam. Então, está aumentando a temperatura, está todo mundo dançando, mas elas estão segurando a mão uma da outra pela ponte de hidrogênio por exemplo. Você faz essas analogias e um assunto que poderia ser chato, se torna uma coisa fantástica, se torna um filme.

Quando você inclui isso e quanto mais você inclui, mais fácil é incluir mais vezes.

Por exemplo, em química, se você começar a incluir isso toda hora, depois de um tempo não tem mais como separar, você vai estudar química como se fosse um filme mesmo e sempre fazendo essas relações.

Isso é uma forma incrível de estudar e é uma forma que faz o estudo ser divertido, ser um negócio interessante, porque você está criando história, e o ser humano é feito também para criar história, tudo a gente quer ver um significado, tudo a gente quer ver um sentido, o que está por trás.

Então, quando você cria história, você está fazendo tudo isso, você faz o conhecimento ser mais profundo, mais interessante, e você faz ser interligado, logo fica uma coisa juntinha com a outra e vai ser mais difícil de esquecer.

Assim, você vai chegar na prova, vai ver aquilo com muita facilidade, então vai entender o problema, resolver o problema, e vai pensar qualquer coisa fora da caixa.

Isso é uma coisa que você vai usar depois também, quando você se formar, na faculdade, depois da faculdade, não sai de você, fica sempre dentro de você.

Pensar assim fora da caixa vai te ajudar muito, em medicina você vai ver soluções do House que nem um dos seus colegas viu, então é muito legal você pensar no princípio, e depois com essas analogias, metáforas, imaginações… para o problema físico.

 

Portanto, hoje a gente viu 3 dicas para aprender mais rápido, e a primeira é partir do princípio, então, sempre que você for estudar um assunto, parta do princípio, de onde ele vem, qual é o fundamento daquela matéria. A segunda parte vai ser fazer conexões, então você vai conectar, fazer metáforas, fazer analogias, vai imaginar o iodo a molécula do iodo enorme. Já a terceira parte vai ser como um quebra-cabeça que você está se perguntando o que é esse assunto e como você vai colocar mais peças.

Espero que tenha te ajudado e vou pedir 3 favores: O primeiro é curtir, o segundo é me contar nos comentários o que você achou nesse vídeo e se eles estão te ajudando, porque eu quero ter novas ideias de como eu posso te ajudar melhor; e o terceiro é compartilhar com alguém.

Se você quiser aprender mais como estudar melhor, como fazer um projeto de estudo, como estudar cada matéria, eu te convido a ver o Sniper de Questões, que é um curso em que eu mostro exatamente como estudar e como criar um projeto de estudo, quais técnicas usar. Então é isso, até o próximo vídeo 🙂