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Bolsa Integral em MEDICINA no PROUNI: Como Ele Estudou


Hoje vamos conversar com o Ronair. Ele passou em medicina com o prouni e vamos entender como foi isso.

Esse post está formato de vídeo abaixo:

Susane: Como é essa vida de estudante de medicina?

Ronair: É um sonho que a gente nem imagina que vai chegar, mas quando chega, pensa que está sonhando, pois demora cair a ficha. Me sinto muito realizado, muito feliz.

Susane: Você está fazendo medicina onde?

Ronair: Faço medicina na PUC de Goiás.

Susane: Você conseguiu desconto?

Ronair: Tenho bolsa integral pelo PROUNI.

Susane: Que legal! Muito bom!

Ronair: Eu pensei que não fosse passar, mas passei 5 vezes e consegui 3 bolsas e decidi ficar perto da minha família.

Susane: E é ótima a PUC, é maravilhosa!

Ronair: Ela tem uma estrutura muito boa. É ótima!

Susane: Como foi o caminho para chegar até aí?

Ronair: Não foi fácil, fiz todo meu ensino médio em escola pública, escola do interior. Minha cidade tem 5 mil habitantes, uma escola bem pequena e passei por um período de troca e falta de professor. Um exemplo, meu professor de química não era formado em química, foi um período bem difícil, um ensino muito deficitário e me sentia muito inferior aos estudantes que estudavam em escolas melhores da capital. Estudei e no terceiro ano, consegui uma bolsa para o PROUNI, na Católica de Brasília, para Odontologia, comecei o curso, mas logo vi que não queria, fiquei frustrado, pois estava em uma universidade muito boa, consegui a bolsa, mas não era o curso que queria. Eu enxerguei naquele momento que era medicina que queria, poder ajudar alguém de forma mais ampla. Foi muito difícil sair do curso, de uma universidade bacana e voltar atrás.

Susane: Voltar para casa dos seus pais, para estudar?

Ronair: E pensei, o que vou fazer? Preciso fazer um cursinho. Voltei, fiquei na casa dos meus pais e depois fui morar com minha irmã. Em um dia era acadêmico de odontologia e no outro dia era vestibulando. Consegui uma bolsa no cursinho na cidade de Anápolis, em Goiás, era uma franquia do Poliedro. Como vim de uma escola pública, foi um choque, tiveram assuntos que nunca tinha visto, onde no começo tinha muita dificuldade.

Susane: Você já passou nessa faculdade de odontologia, então já teve uma nota razoável?

Ronair: Sim

Susane: Isso dado o segundo ano que você estudou bem. Isso?

Ronair: Muita coisa que eu pensava que sabia, eu não sabia, por exemplo, redação, sabia uns 20% da matéria de biologia, ou seja, muito razoavelmente. Eu sempre me esforcei na época de escola, mas não tínhamos costume de pensar no vestibular, de fazer questões. Eles não tinham o pensamento de ter a metodologia de estudo e isso me prejudicou muito, pois não tinha aquilo em mente. E comecei a estudar sozinho, foi quando consegui a aprovação, e foi nessa época que conheci o SNIPER DE QUESTÕES.

Susane: Como foi começar no cursinho, foi um choque de realidade?

Ronair: Foi um choque muito grande, pois pensei que soubesse o que sabia, onde tive que refazer o meu ensino médio no pré-vestibular. O mundo do vestibular era meio estranho para mim, pois tinha um sentimento de incapacidade, porque eu me sentia muito fraco. Isso mudou quando melhorei na redação, onde tirei 700 e no primeiro ano consegui tirar 940. Outra coisa que fez diferença foi o 1Pause, porque eu pensei que para passar eu tinha somente que estudar, mas não. Eu escutei o caminho da montanha, onde precisamos de um momento de lazer e quando a gente passar no topo da montanha é que vamos estar realmente preparado. Isso foi um divisor de água, foi quando mudou meu desempenho, em confiar em mim mesmo. Foi nesse período onde foquei mais no SNIPER DE QUESTÕES, verificando onde errava mais e isso fez muito diferença.

Susane: No cursinho, você tentou seguir as matérias, no primeiro semestre. E você foi mudar sua estratégia no meio do ano?

Ronair: Sim, porque eu estudei dois anos, que estava vendo assuntos que não iriam cair na minha prova, assuntos complexos que raramente cairiam no ENEM.

Susane: Você entrou no SNIPER que mês?

Ronair: No final do ano ou no começo do outro, foi quando comecei a pesquisar material, para ver o que estava errando, pois tentei usar material do ENEM, do Poliedro, tentei redefinir o horário e muitas coisas eu esquecia o que estudava.

Susane: Foi quando você tentou mudar a estratégia, viu o SNIPER, fez provas?

Ronair: Sim, como eu já tinha feito um tempo no cursinho, eu revi as primeiras aulas. Será que não é melhor focar somente em uma prova, UNB, FUVEST e pensei, vou focar só no ENEM e vou fazer no máximo a federal de Uberlândia porque o conteúdo é parecido, vi a análise de incidência e as ferramentas que curso proporciona e tentar manter a rotina e errar menos para ser aprovado. Isso me ajudou bastante, pois minha produtividade cresceu bastante.

Susane: Melhor coisa é ter estratégia, um objetivo, o ENEM ou UFU e montar estratégia, com provas antigas, talvez não estivesse no nível da prova, matéria por matéria para tentar melhorar. Você fazia isso em paralelo com o cursinho de manhã?

Ronair: Sim, o cursinho era de manhã de 07h00min às 13h00min. Matérias que eram mais destinadas à UNICAMP, FUVEST, eu não ia. Eu pegava aquele tempo e fazia questões de acordo com a análise de incidência.

Susane: Muito melhor você não assistir todas as aulas e depois ter que assistir mais aulas em casa e dormir 23h00min.

Ronair: Eu apenas ignorei o método da coach, pois precisaria se adaptar para nossa rotina e aquilo que estamos vivendo e precisamos valorizar nossa qualidade de vida, visto que, tenho muita ansiedade.

Susane: Como você encaixava o 1Pause em sua rotina?

Ronair: Eu escutava de manhã, antes de ir para o cursinho ou no intervalo das aulas.

Susane: E antes da prova, você escutou?

Ronair: Sim, escutei aqueles 30 dias antes da prova e antes da prova eu estava muito calmo, fiquei fazendo respirações. Eu pensei muito ‘’preciso fazer essa prova e pegar o gabarito vai ser um presente pra mim’’. Eu vi a prova mais como um amigo do tão esperado sonho.

Susane: Você fez o ENEM, dia 1, dia 2 e como foi? Você corrigiu o gabarito? Você esperava passar?

Ronair: Eu corrigi o primeiro dia, fiquei muito feliz, animado. Mas depois que saiu o oficial e corrigi de novo, mas não corrigi o segundo dia, pois tinha a prova dos vestibulares aqui da cidade. Principalmente na redação que foi uma matéria que gostava muito, eu conseguia colocar todos aqueles repertórios, tudo aquilo que estava vendo. Eu treinei vários temas e deu super certo, me senti realizado, com um bom desempenho.

Susane: Foi só esperar o resultado. Como foi o resultado?

Ronair:  Por conta do TRI, eu pensei que fosse tirar uma nota bem maior e pensei que não fosse dar certo.

Susane: E quando pensou que não podia dar certo. Você pensou em estudar de novo ou esperou o resultado?

Ronair: Eu esperei sair o resultado, pois estava confiante, porque por mais que eu não conseguisse passar na universidade que eu queria, eu iria passar em outra e aquilo me tranquilizou.

Susane: Quando saiu o resultado?

Ronair: Foi uma sensação boa. Pelo PROUNI você só é aprovado quando é confirmada a documentação. Eu quase nem consegui contar para os meus pais, foi inesperado.

Susane: Sua mãe ficou feliz?

Ronair: Sim, eles viviam aquilo comigo. Tudo aquilo que eu passava, refletia neles.

Susane: Quando saiu da PUC, só foi festa?

Ronair: Teve a pandemia e remanejaram a gente para o próximo semestre. E quando foi 2020/2 tentei na PUC e pensei ‘’ah, é muito concorrido’’ e depois que deu certo, eu fiquei chocado, muito sem reação. Uma coisa que eu sonhava, está acontecendo agora, e vi que tudo aquilo valeu a pena!

Susane: E a própria incerteza de você estar dando o seu máximo, mas você não tem garantia nenhuma do que vai ser esse ano ou o próximo.

Ronair: A gente fica pensando ‘’será que vamos passar um dia?’’ É muito ruim essa sensação, mas no final sempre dá certo.

Susane: As aulas começaram?

Ronair: Sim, as teóricas começaram em agosto e as práticas estão sendo presenciais. Estou indo para o segundo semestre, começam em fevereiro. Sobre o instagram ‘’medsemcafe’’ eu coloquei esse nome porque tenho gastrite e não podia tomar café, ficava com sono, ou seja, tinha que fazer meditação, yoga. Outra coisa que me marcou muito, foi a carta, no 1Pause, 1 dia antes do ENEM, eu estava na fazenda e escrevi para mim mesmo, eu agradeço muito por não ter desistido, por ter continuado.

Susane: Guarde essa carta para ler daqui uns anos.

Ronair: É a melhor sensação de sermos gratos, se não conseguimos, é porque ainda não estamos prontos e ver que no fundo ninguém está aí para gente. No final, é só a gente mesmo.

Susane: É legal quando você fala de ser gratos a si mesmo, porque às vezes o que sente quando está aprovado, fica se sentindo mal, por não ter feito nada perfeito.

Ronair: Eu me sentia muito culpado quando saia para comer com a minha família, e com o passar do tempo foi me tranquilizando e essa sensação de ficar me comparando e depois que cada pessoa tem sua formação cultural, acesso à educação diferente. Não tem como se comparar com outra pessoa.

Susane: No seu instagram, você está falando com outras pessoas. Que erros você acha comum que as pessoas pecam nos estudos?

Ronair: De achar que sabe os assuntos, mas quando chega a prova e vê que fostes ignorante na época que poderia ter estudado. Isso acontece muito na redação, não treinar e corrigir sempre os nossos erros, ou seja, se preparar ao máximo que der.

Susane: Você está gostando das aulas do primeiro ano?

Ronair: É algo que eu queria tanto, é muito boa essa sensação.

Susane: Os amigos são legais?

Ronair: Sim, tem pessoas de vários lugares do país, culturas diferentes, intercâmbio diferente é algo muito bom para a nossa construção.

Susane: Teve alguma dificuldade que você teve?

Ronair: Sim, em matemática e física, mas eu tive um professor muito legal, que sempre me motivou.

Susane: Foi melhorando como?

Ronair: Com aulas, exercícios e de tarde assistia aula do Professor Ferretto. Aos poucos fui aprendendo e melhorando, pois o meu ensino foi muito deficitário.

Susane: Você chegou a aparecer em alguma live do SNIPER?

Ronair: Sim, apenas uma, já estava no segundo ano de cursinho.

Susane: Você foi atrás e deu curto certo?

Ronair: Sim. Queria falar que qualquer dúvida sobre PROUNI, para quem é de escola pública. Se não tivesse ido atrás, se não tivesse mudado minha estratégia de estudo, eu vejo que sou uma pessoa muito realizada. Tenho um monte de pilhas e exercícios, aos poucos eu vou doando. E às pessoas que não podem desistir, que um dia você vai chegar no topo da montanha e que terão muitas montanhas que iremos enfrentar. Sou grato a tudo isso, toda essa preparação.

Susane: Você gostou do SNIPER DE QUESTÕES?

Ronair: Principalmente quando foquei no ENEM e vi a análise de incidência, auto mentoria, técnicas de estudo, que inclusive até hoje na faculdade e isso ajuda muito na faculdade.

Susane: E o 1Pause?

Ronair: Eu gostei muito, você deve expandir mais até para quem está na faculdade.

Susane: São histórias motivacionais.

Ronair: A gente mergulha naquela história e a gente começa a refletir na realidade, eu sempre cito o caminho da montanha para meus amigos e aplicar na nossa vida é muito bom.

Susane: Muito obrigada, Ronair. Pela entrevista, pela entrevista. Muito boa sorte.

Ronair: Eu que agradeço por conhecer o SNIPER e 1Pause e respondendo todo mundo, postando conteúdo, transformando a vida de cada pessoa. Espero que todo mundo conheça o SNIPER e 1Pause.