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As 5 Técnicas de Estudos para Assuntos Difíceis


Quem nunca teve um assunto difícil e achou que a solução é ficar lá sentado, com a faca nos dentes, sangue nos olhos e pensando “vou aprender isso custe o que custar”? Pois é, às vezes essa abordagem de guerra só vai fazer você se cansar, se desgastar, se desesperar, desistir ou demorar muito mais para aprender. Contra assuntos difíceis pode ser melhor usar a estratégia de guerra do Sun Tzu: Vencer o inimigo sem lutar.

Primeira técnica

Então, pense como você pode vencer eletromagnetismo, eletroquímica, cinemática, sem lutar? A primeira forma vai ser intercalar momentos de alta concentração com descanso, um descanso bom de verdade. De acordo com o livro Aprendendo a Aprender, o cérebro tem dois modos de operação: o modo focado e o modo difuso. O modo focado é o que você usa quando você está focando em um problema ou em um assunto específico, é algo que usa uma área restrita do seu cérebro, meio que focada naquilo que você está aprendendo ou que está tentando resolver. 

Assim, na prática, você foca a energia naquela área do cérebro que você está precisando quando você está estudando algo. Já o descanso de verdade vai ativar o seu modo difuso, que é o modo em que não tem uma área específica ativada, você não está realmente focado em nada.

Dessa forma, você está tomando um banho, você está dirigindo, você está caminhando por aí, você está deitado no sofá olhando para o teto… Ou você faz uma pausa na mesa para olhar as plantas ou você está na rede, prestes a dormir… Para aprender algo de verdade e, inclusive resolver os problemas mais difíceis, você vai precisar desses dois modos, porque existem dois tipos de problemas: os problemas sequenciais que basta saber o assunto. Então, você sabe o assunto, sabe a propriedade e é simplesmente aplicar aquilo que você estudou. E o problema pulo do gato ele vai precisar de uma mágica, vai precisar juntar vários assuntos, vai precisar ter uma sacada diferente pra resolver. 

E é isso que às vezes é um assunto difícil, é precisar toda hora ter essas sacadas. O modo difuso vem justamente ajudar nisso. É como se, ao intercalar o estudo focado com o modo difuso, você quando volta a estudar faz novas conexões, vê problemas de uma forma diferente, consegue acessar áreas diferentes do seu cérebro e é algo que você jamais resolveria se estivesse só focado naquele assunto, naquela área do cérebro sem descansar

Segunda técnica

Depois de entender como intercalar o modo focado e o difuso, a gente entra no espaçamento. O que é o espaçamento? É dividir suas sessões de estudo em vários dias, várias semanas. Não estudar muito em um dia, por exemplo, não estudar quatro horas um assunto em um dia. Melhor dividir essas quatro horas em quatro dias de uma hora, por exemplo. E essa dica da técnica espaçada é pra vida. Tudo o que você quiser aprender, divide em vários dias, não fica assim, por exemplo, “ah, vai aprender inglês” um dia na semana ou dois dias na semana e depois só na outra. É um pouquinho todo dia… Você vai aprender bem mais, você vai evoluir mais rápido com o mesmo tempo de estudo. 

Terceira técnica

O terceiro ponto é o foco nas questões. E agora vou te contar a minha experiência com alguns assuntos de biologia. Então, não é exatamente exatas, mas, às vezes quando a gente está na teoria e a gente não entende, a gente impacta, achamos que a solução é ver um outro vídeo teoria ou ler um outro livro, é ir atrás de alguma outra coisa. Eu tive muito isso com aquela parte de transcrição, de duplicação do DNA e o códon, a ordem que ficava no códon, anticódon e tudo mais… Eu achava: “nossa, eu preciso ver mais um vídeo, porque esse é muito difícil, ver uma simulação e tal”. E aí depois de um tempo, eu vi “nossa, não, vamos começar os exercícios e nos exercícios vai dar certo”. E é exatamente isso.

Quarta técnica

O quarto ponto é até uma continuação dessa ideia de faz exercícios, que é a auto explicação, é você pegar um assunto e se explicar. Qual é a ideia? É você, por exemplo, pegar cinemática

Qual é a ideia aqui? Nesse tipo de movimento com uma velocidade assim, com aceleração constante ou então a velocidade constante, o que acontece?

Você vai se explicando cada detalhe que acontece em cada evento. Ou então eletroquímica, “ah, como que acontece? O que acontece no anodo, no cátodo”… E qual é a ideia disso? Não é só você se explicar, é você pegar lacunas na sua compreensão, é pegar aquele pontinho ali que você não sabe direito. E isso, muitas vezes, é o que a gente precisa, é entender o que você não sabe direito. 

Tem até frases aí pela internet que entender qual é o problema, entender o que você não sabe num assunto é metade da resolução, já conta como metade do caminho da solução. Você realmente saber: “Ó, é esse detalhe aqui que eu não sei”, é isso que a gente está buscando na técnica de Feynman. Então, não é para ser uma explicação super rebuscada, detalhada, é para você ir tentando entender o que você não está sabendo direito, onde você não consegue usar palavras simples para explicar.

Quinta técnica

E o quinto ponto é pensando em memorização de longo prazo. Então, você está estudando um assunto difícil e você quer que tudo que você está estudando fique memorizado. Uma solução para isso é fazer lista intercalada, que é a ideia da Lista Sniper. Logo, você pegar todos esses sub-assuntos e fazer uma lista de todos eles. Por exemplo, para você montar uma lista Sniper de biologia genética, você vai lá e seleciona todos os assuntos de genética. Todos aqueles sub assuntos, as leis, a pleiotropia e todas aquelas coisas, monta sua lista e vai fazendo assim, dessa forma misturada.

E essa é uma das técnicas que a gente fala lá no Sniper de Questões. Se você quiser saber mais como funciona o método, as técnicas, o planejamento, o 4F, os planners, a comunidade, as lives, os monitores e tudo mais, dê uma olhada no nosso site. Essa foi a ideia do vídeo de hoje. E assim continue indo atrás dos seus sonhos, o mundo precisa da habilidade que só você tem. E a gente se vê aqui no próximo post, tchau.