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Aprendi a Desenhar Retratos em 30 Dias


Eu sempre pensei que saber desenhar envolvesse muito talento ou ano de prática. Então, criei um projeto de trinta dias de desenho pra ver o que aconteceria com uma hora de prática por dia. E o que eu descobri resume tudo o que eu penso sobre aprender coisas novas, que é: Técnica X Tempo = Talento. Essa equação TTT.

https://www.youtube.com/watch?v=A5N9bydODdY&ab_channel=SusaneRibeiro

Uma hora de desenho por dia em 30 dias

Então, se você não tiver muita técnica e for aprender sozinho, é provável que leve bem mais tempo para atingir um certo nível de ‘Talento’. Já se você quiser aprender mais rápido, é melhor usar as técnicas certas e usar o seu tempo de forma inteligente. E o mais incrível foi ver que dá sim pra aprender a desenhar, que não é só pra quem nasce com talento ou pra quem treinou desde a escola, que dá pra expressar ideias, desenhar rostos, colocar a imaginação no papel. Além de ser divertido e até um pouco terapêutico. 

Materiais e Livros

Então, quais foram os materiais e livros desses trinta dias? Papel, lápis HB – 6B, borracha. Mas, pro final, comecei a usar algodão. E aí eu segui um livro de desenhos, fui fazendo os exercícios, dia após dia, aprendendo uma coisa aqui e outra ali. Também me matriculei numa escola de desenho iniciante, estilo ateliê. E eu ia lá, mostrava os meus desenhos e os professores corrigiam. O que foi muito legal. Também vi muitos vídeos no YouTube. Também comecei a usar o ProCreate no iPad. Assim, eu fui seguindo junto a algumas ilustrações que mostram aqui no YouTube. 

Basicamente: Livro de desenho; YouTube, pra rostos; e aula de desenho em ateliê. Normalmente uns trinta, quarenta minutos pro retrato e vinte minutos pra seguir o livro. 

Técnicas de Desenho

Nas técnicas, eu fui aprendendo a usar formas geométricas. Então, o rosto, você vai fazer o círculo; depois você vai fazer umas retas e vai organizar as posições, do nariz, do olho e tudo o mais. E se você vai fazer um pássaro, você vai fazer os dois círculos e depois juntar os círculos. Logo, brincar com formas geométricas é bem legal e, assim, treina você ver alguma coisa e pensar: “Nossa, como eu transformaria essa folha em formas geométricas, pra facilitar na hora de desenhar?

E pro rosto, o Loomis foi o principal! Realmente, sai da água pro vinho; é uma diferença muito grande! O que você consegue fazer depois de ter essa técnica do Loomis – e eu gostei muito! – é algo que ajuda muito e o rosto de frente, de lado, olhando pra cima e tudo sempre dá pra aplicar. Então, no Loomis, você faz um círculo, uma reta, cria as bordas do rosto, a linha da sobrancelha, do nariz, do queixo.

Aprendizado

Portanto, agora, como foi o aprendizado. No começo, quando eu comecei, a primeira semana inteira, eu fui lá na aula de desenho e ele ensinou como fazer o círculo pra colocar as coisas. E mesmo fazendo isso eu achei muito, muito difícil. E eu achei ‘Nossa, não vai dar certo! Não vai dar!’ e eu fiquei uma semana sem falar pra ninguém, sem postar no Instagram, etc. Mas, depois foi melhorando, eu fui aprendendo.

E no começo você não sabe onde são as coisas. Então, onde é o olho em relação à sobrancelha; ou em relação ao nariz, à boca. Depois eu fui vendo: “Nossa, o olho e a sobrancelha têm que ficar próximos! Não pode ficar uma sobrancelha aqui e um olho bem aqui”. Logo, coisas simples assim, que você vai aprendendo desenhando. 

E aí eu fui vendo essa melhora ao longo dos dias, mas claro que ainda tinha alguns dias que parece que voltavam, principalmente quando eu tinha que fazer algum novo exercício. Por exemplo, de perfil; ou olhando pra cima; ou três quartos. Mas aí, com o tempo, foi melhorando e eu fui vendo que os desenhos de depois de vinte dias foram, assim, a maior diferença. E principalmente os últimos agora, aprendendo mais a fazer a sombra direito, a esfumar melhor. Eu acho que foram, inclusive, a maior evolução.

É uma coisa que é legal você ver que consegue. Dá uma sensação muito boa você ver que saiu do zero, que continua iniciante; mas já é um iniciante bem mais interessante. 

Equação TTT

Falando mais sobre a equação Técnica x Tempo = Talento. Esse tempo de estudos, ele precisa ser espaçado, não dá pra “Ah, em um dia vou fazer dez horas de desenho; então, três dias, dez horas cada e pronto!”. Não, é muito melhor espaçar. Aquela ideia da uma hora por dia por trinta dias. Isso que faz diferença. Então, você tem que dormir pra consolidar as memórias, pra você realmente memorizar e ir melhorando todos os dias. 

São coisas tão simples que a gente vai aprendendo… E uma delas é segurar o lápis. E eu achava “Nossa, eu sei escrever, eu sei segurar o lápis”. Mas existem tantas formas diferentes de você segurar pra fazer tantos efeitos diferentes. E isso é algo que eu estou só começando a aprender. Então, tem muitas sutilezas nesse caminho de aprender a desenhar.

Por exemplo, fazer a sua primeira linha bem fraquinha; e fazer o círculo direito; e fazer a reta… Reta. E é algo que não dá nem pra explicar, a gente tem que, realmente, sentir. Essa foi mais ou menos a progressão do que eu estava fazendo dia após dia. Então, eu ia fazendo esses retratos, ia melhorando. Algumas vezes eu levava para os professores corrigirem, darem algum feedback; outras vezes eu postava no Instagram e as pessoas do próprio Instagram e falava “Olha, presta atenção nisso!” ou “Veja esse ângulo!”; “Veja essa outra coisa aqui!”; e aí eu ia absorvendo, né, usando esses feedbacks pra ir melhorando. 

E eu super recomendo, eu acho muito legal fazer esse tipo de projeto que você tem data pra começar, data pra acabar e você sabe qual é o seu objetivo nesse período. E é muito legal quando você está chegando perto do final e você vê “Nossa, olha essa evolução!”. Isso é muito, muito bacana! Porque vai aquela ideia de que você pode qualquer coisa, você pode aprender qualquer coisa. Inclusive, essa é a a mensagem que eu quero deixar aqui: Que você consegue aprender a desenhar e provavelmente melhor do que eu; porque eu só fiz uma hora por dia, talvez se eu tivesse feito mais, tivesse aprendido mais. O importante é saber as técnicas do que você está tentando aprender.

Arte como Terapia

E uma coisa que eu aprendi nesse caminho, lendo livros sobre desenhos, sobre arte, é que você pode fazer desenhos e criar como um diário, e fazer meio que uma terapia. Em vez de necessariamente escrever o que aconteceu no dia, você pode fazer um desenho; ou você pode, sabe, ver uma coisa bonita, uma folha, uma flor, ir lá e desenhar. É como se você estivesse no momento presente, como se fosse, assim, uma meditação mesmo. E é como, também, se você realmente prestasse atenção naquilo que você está vendo. Às vezes a gente, sabe, segue a vida meio que sem prestar atenção nas coisas. E quando você para, “não!” e olha de verdade para aquilo que você está vendo, você vê as linhas, você vê, sabe, os mínimos detalhes, é muito legal também.

E, realmente, a única coisa que eu me arrependo é de não ter feito isso antes. Realmente achei muito legal, muito interessante conseguir desenhar e às vezes, assim, até pego fotos de familiares, assim, e eu estou lá desenhando nos iPad, fazendo o ‘retrato falado’. E, assim, é interessante, é divertido, é uma habilidade nova que pode ser útil. E às vezes não necessariamente retrato, você pode querer desenhar outras coisas. Pode ser útil na faculdade ou no trabalho…

Então me conta aí embaixo se você achou que foi boa a evolução. E me conta também se você já desenha, se vai começar a desenhar. E por hoje é isso. Muito obrigada por acompanhar! E continue indo atrás de seus sonhos, o mundo precisa da habilidade que só você tem!

E até o próximo post, tchau!