Começar algo novo é quase como ir se arrastando naquela curva de resultado. Você empurra a pedra como no mito de Sísifo, mas é tão difícil. E você está aqui, na realidade. “Um simulado? Não entendi nem o enunciado”. Só depois de muito tempo de suor e lágrimas você sai do Vale da Desilusão e chega nesse limiar crítico, em que os resultados são exponenciais. Mas e o que a gente faz no meio do caminho? Será que existe uma forma melhor de avaliar o progresso e continuar bem? Então, essa é a ideia do post de hoje, uma nova ferramenta que eu tirei desse livro “The Gap and the Gain”, pra gente ficar bem no meio do caminho.
GAP
A ideia desse livro é como mudar como você mede seu desempenho. Então, como acontece normalmente? Você sempre olha o que falta, você vê lá na frente, onde você quer chegar e lá pra frente parece que está tão longe, impossível. Além disso, parece que você não andou nada, ou seja, praticamente não evoluiu, mesmo com todo o esforço que você deu. E esse é o que ele chama de “gap” ou “lacuna” em português; é esse tanto que falta.
A outra forma de medir é pensar onde você começou e se comparar com como você era lá, onde você estava. Aqui você mede o ganho. Quando você se compara sempre com essa versão de onde você quer chegar, você fica no gap, você fica na lacuna e isso acaba aqui que traz muito mais frustração, porque você sente que seu esforço não está valendo a pena. Traz mais culpa, mais depressão, mais sensação de fracasso.
Se compare com você quando começou
Assim, se você fizer o contrário e se comparar com onde você começou, porque aí você vai sentir uma satisfação com o quanto você andou, você vai ter mais confiança nas suas habilidades e isso vai te ajudar daqui pra frente. Mais sensação de alegria, mais otimismo com o resto do caminho. Então, é uma nova forma de ver o seu progresso, que vai te ajudar a andar mais, a continuar no caminho e não desistir.
E até melhor: ficar bem no caminho. A felicidade não está quando você passa, quando você alcança tal coisa, porque sempre vai ter coisas novas a alcançar, sempre, sempre, sempre… A felicidade vai estar hoje. Então, quando a gente se reorganiza pra valorizar o que você já construiu, o que você já fez, acaba que fica mais fácil fazer novas coisas e alcançar novas coisas e ser feliz no processo.
Eu, particularmente, achei bem interessante essa ideia de você tentar se medir com onde começou. É um desafio, é um exercício diário de sempre voltar a pensar como era antes, como foi mês passado, o que eu aprendi nesse tempo, o que eu já melhorei e, a partir disso, ir continuando. Quando a gente se compara, sabe, onde quer chegar versos de onde você partiu, muitas vezes a gente não leva em consideração aspectos que são difíceis de medir.
Por exemplo, quando você começou, provavelmente você não tinha capacidade de estudar várias horas com foco e agora provavelmente você já consegue, olha só a evolução.
A base
Outra questão importante: a base. Às vezes, você conseguir a base em vários assuntos, por exemplo, a matemática, é um negócio que leva muito mais tempo do que você ir, por exemplo, de 60 pra 70% depois, certo? Então, a base é superimportante e vai servir para vários outros assuntos, mas não dá essa sensação de muito avanço, principalmente pensando lá na hora da prova e no quanto falta acertar.
Mas é como um tijolo em tijolinho, você está fazendo a base que é mais importante, que vai sustentar todo o resto. E às vezes a gente acha esse tipo de pensamento, meio autoajuda, meio “ah, como ser mais feliz no processo”, meio baboseira. Contudo, é muito possível e até mais fácil você ter um estudo intenso, um estudo realmente muito bom e ter esse tipo de raciocínio do que o contrário, de você ser muito tenso e querer muito aquilo e estudar bem.
Eu acho que o caminho do equilíbrio ele anda mais junto com o estudo intenso, focado, porque você acaba que usa essa energia toda para estudar, pra focar e não para se preocupar, não para se comparar com onde deveria ser ou com quem está na sua frente.
Então, essa ideia do post de hoje. Espero que você tenha gostado, que tenha te inspirado a comparar com o onde você começou, ou pelo menos, com mês passado e ver a sua evolução. E que isso te incentiva a continuar, continuar, continuar… Bons estudos pra você e continua indo atrás dos seus sonhos, o mundo precisa da habilidade que só você tem. Até o próximo post. Tchau.