Nos estados, entretanto, se instalavam as oligarquias, de cujo perigo já nos advertia Saint-Hilaire, e sob o disfarce do que se chamou “a política dos governadores”. Em círculos concêntricos esse sistema vem cumular no próprio poder central que é o sol do nosso sistema.
PRADO, P. Retrato do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1972.
A crítica presente no texto remete ao acordo que fundamentou o regime republicano brasileiro durante as três primeiras décadas do século XX e fortaleceu o(a)
- poder militar, enquanto fiador da ordem econômica.
- presidencialismo, como o objetivo de limitar o poder dos coronéis.
- domínio de grupos regionais sobre a ordem federativa.
- intervenção nos estados, autorizada pelas normas constitucionais.
- isonomia do governo federal no tratamento das disputas locais.
Para resolver, precisamos entender o que foi a política dos governadores.
Resumo da política dos governadores
- Foi um acordo de troca de benefícios entre o Governo Federal e os governos estaduais.
- Os governadores usavam os coronéis para usar o voto de cabresto e eleger os políticos de interesse do governo federal. E o governo federal apoiava o governo estadual, nas eleições estaduais o governo federal apoiava quem o governador atual do Estado quisesse.
- Assim, não havia oposição. Mantinha-se no poder quem já estava no poder. É interessante ver a política dos governadores como uma política de continuar no poder.
Assim, houve essa continuidade dos políticos o que foi justamente um domínio político desses grupos na ordem federativa. (letra C)
LETRA C