João/Zero (Wagner Moura) é um cientista genial, mas infeliz porque há 20 anos atrás foi humilhado publicamente durante uma festa e perdeu Helena (Alinne Moraes), uma antiga e eterna paixão. Certo dia, uma experiência com um de seus inventos permite que ele faça uma viagem no tempo, retornando para aquela época e podendo interferir no seu destino. Mas quando ele retorna, descobre que sua vida mudou totalmente e agora precisa encontrar um jeito de mudar essa história, nem que para isso tenha que voltar novamente ao passado. Será que ele conseguirá acertar as COisas?
Disponível em: http://adorocinema.com. Acesso em 4 Out 2011.
Qual aspecto da Organização gramatical atualiza os eventos apresentados na resenha, contribuindo para despertar o interesse do leitor pelo filme?
- O emprego do verbo haver, em vez de ter, em “há 20 anos atrás foi humilhado”.
- A descrição dos fatos com verbos no presente do indicativo, como “retorna” e “descobre”.
- A repetição do emprego da conjunção “mas” para contrapor ideias.
- A finalização do texto com a frase de efeito “Será que ele conseguirá acertar as coisas?”
- O uso do pronome de terceira pessoa “ele” ao longo do texto para fazer referência ao protagonista “João/Zero”.
Solução
O uso dos verbos no presente torna a
O trecho busca narrar resumidamente o filme. O autor normalmente utilizaria tempos do passado ou pretérito (imperfeito, mais-que-perfeito, perfeito), porque falaria de fatos que já aconteceram, já registrados no filme, ou seja, anteriores ao tempo da narração.
Todavia, o presente do indicativo é bastante usado em uma forma de escrever chamada de presente histórico, em outras palavras, o narrador escreve como se presenciasse as cenas. Esse recurso pode existir na sinopse de filmes ou em contos.
O objetivo é tornar o texto mais dinâmico e causar maior expectativa ao leitor.
Veja um exemplo de um texto do Saramago, no qual ele usa o recurso do presente histórico.
[…] Desce o menino a montanha, atravessa o mundo todo, chega ao grande rio, com as mãos recolhe quanta de água lá cabia, volta o mundo atravessar, pelo monte se arrasta, três gotas que lá chegaram, bebeu-asa flor com sede. Vinte vezes cá e lá…[…]
José Saramago. A maior flor do mundo.
Disponível em ww.avvl.pt/images/stories/Biblioteca/historias/a-maior-flor-do-mundo.pdf.
Letra D